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Biden perdoa empréstimos estudantis de milhões de norte-americanos, críticos temem inflação

Publicado 24.08.2022, 14:59
© Reuters. Presidente dos EUA, Joe Biden, faz gestos antes de deixar a Casa Branca em direção a Delaware, em Washington, EUA
07/08/2022 REUTERS/Ken Cedeno

Por Nandita Bose

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que seu governo perdoará 10 mil dólares em empréstimos estudantis para milhões de universitários endividados, cumprindo uma promessa feita na campanha de 2020 à Casa Branca.

A medida pode aumentar o apoio a seus colegas democratas nas eleições parlamentares de novembro, mas, segundo alguns economistas, também pode alimentar a inflação, e alguns republicanos no Congresso norte-americano questionaram se o presidente tinha a autoridade legal para cancelar as dívidas.

O cancelamento da dívida liberará centenas de bilhões de dólares para novos gastos com consumo que podem ser destinados à compra de moradias e outras grandes despesas, acrescentando um novo fator à luta contra a inflação no país, segundo economistas.

A medida é "para as famílias que mais precisam - pessoas das classes trabalhadora e média, atingidas de forma especialmente forte durante a pandemia", disse Biden durante um discurso na Casa Branca. Ele prometeu que famílias de alta renda não seriam beneficiadas, abordando críticas centrais ao seu plano.

"Eu nunca vou pedir desculpas por ajudar americanos trabalhadores e a classe média, especialmente não para os mesmos que votaram por uma isenção fiscal de 2 trilhões de dólares que beneficiou principalmente os americanos mais ricos e as grandes corporações", disse Biden, se referindo a um corte de impostos aprovado no governo do ex-presidente Donald Trump.

Muitos democratas pressionaram para que Biden perdoasse até 50 mil dólares por estudante, mas aplaudiram sua ação mesmo com valor mais baixo. Os republicanos, que tentam recuperar o controle do Congresso nas eleições de novembro, argumentam que a medida ajudará desproporcionalmente as pessoas que ganham rendas mais altas.

"O socialismo do presidente Biden com os empréstimos estudantis é um tapa na cara de cada família que se sacrificou para economizar para a faculdade, para cada universitário que pagou sua dívida, e para cada americano que escolheu um certo caminho na carreira ou foi voluntário no serviço militar para evitar acumular dívidas", disse o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, na quarta-feira.

Os consumidores norte-americanos carregam uma enorme dívida de empréstimos estudantis de 1,75 trilhão de dólares, a maior parte com o governo federal, resultado dos custos universitários mais altos do que na maioria dos outros países ricos.

"Conseguir um diploma universitário ou certificado deve dar a cada pessoa nos Estados Unidos uma vantagem para garantir um futuro brilhante. Mas para muitas pessoas, a dívida de empréstimos estudantis impediu sua capacidade de alcançar seus sonhos, incluindo comprar uma casa, iniciar um negócio ou fornecer para sua família", disse o secretário de Educação, Miguel Cardona, em comunicado.

O governo de Biden estenderá uma pausa iniciada na pandemia da Covid-19 no pagamento de empréstimos estudantis até o final do ano, perdoando 10 mil dólares em dívidas estudantis para mutuários cuja renda fique abaixo de 125 mil dólares por ano, ou 250 mil dólares para um casal, disse a Casa Branca. A ação pode impactar 8 milhões de devedores automaticamente, disse o Departamento de Educação, enquanto outros precisarão solicitar o perdão.

© Reuters. Presidente dos EUA, Joe Biden, faz gestos antes de deixar a Casa Branca em direção a Delaware, em Washington, EUA
07/08/2022 REUTERS/Ken Cedeno

Cortar 10 mil dólares em dívida federal para cada aluno equivale a 321 bilhões de dólares em empréstimos estudantis federais e elimina todo o saldo para 11,8 milhões de devedores, ou 31% deles, mostra um estudo do Federal Reserve de Nova York.

Os saldos dos mutuários estão congelados desde o início da pandemia da Covid-19, sem a obrigação de pagamentos na maioria dos empréstimos estudantis federais desde março de 2020.

(Reportagem de Nandita Bose, em Rehoboth Beach, Delaware, e Moira Warburton, em Vancouver)

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