(Reuters) - Membros do bloco oriental da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) esperam que a cúpula do grupo em Vilnius em julho coloque a Ucrânia em um caminho mais claro para a adesão, uma vez que sua guerra com a Rússia terminar, disseram os países em uma cúpula em Bratislava nesta terça-feira.
Os aliados da Otan têm discutido a velocidade da eventual adesão da Ucrânia à aliança, e a própria Kiev reconhece que não pode ingressar no grupo até que a guerra iniciada com a invasão russa termine.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, se reuniu com líderes europeus na semana passada na Moldávia, quando pediu à Otan que forneça garantias de segurança se a adesão não for possível por enquanto.
Os presidentes dos países orientais da Otan, a maioria dos quais fazem fronteira com a Ucrânia ou a Rússia, reuniram-se na terça-feira com o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, em um sinal de maior apoio à aproximação da Ucrânia com a Otan.
"Somos a favor do fortalecimento das relações com a Ucrânia em termos de ajuda prática concreta, mas também para aproximar as relações com a Ucrânia", disse a presidente eslovaca Zuzana Caputova, anfitriã da reunião, em entrevista coletiva televisionada.
"Não consideramos isso uma expansão ou invasão da Otan em relação à Rússia", acrescentou ela, dizendo que, em vez disso, forneceria garantias aos membros da aliança de que a Rússia não absorveria países em suas fronteiras.
Os países do flanco oriental Bulgária, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Eslováquia -- conhecidos coletivamente como os Nove de Bucareste -- estão entre os maiores apoiadores da Ucrânia.
(Reportagem de Jason Hovet e Robert Muller em Praga e Andrius Sytas em Vilnius)