(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse em sua conta no Twitter no final da quarta-feira, horas depois de aliados seus serem alvos de uma operação contra notícias falsas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal, que "cidadãos de bem" tiverem seus lares invadidos e disse que trabalhará para "fazer valer o direito à liberdade de expressão".
"Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia", escreveu o presidente na rede social.
"Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente!", completou.
Após o tuíte do presidente, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, ingressou no STF com pedido de habeas corpus a favor do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que teve depoimento determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, após defender a prisão de ministros da corte em reunião ministerial em 22 de abril.
Na quarta-feira, Moraes, que é relator do inquérito aberto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para apurar ameaças e notícias falsas contra ministros da corte, determinou que a Polícia Federal cumprisse 29 mandados de busca e apreensão contra aliados de Bolsonaro e que parlamentares bolsonaristas sejam ouvidos no inquérito.
Também no Twitter, Moraes publicou o link de uma matéria do portal de notícias G1 cujo título é: "‘Liberdade de imprensa não é construída por robôs’, diz Alexandre de Moraes".
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)