SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quarta-feira medidas de restrições contra o coronavírus e mencionou possível ameaça à normalidade democrática do país.
Em entrevista a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, o presidente também afirmou que "alguns poucos governadores" --citando especificamente os de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC)-- estão cometendo "um crime" e "arrebentando com o Brasil".
"O que é que preciso ser feito? Botar este povo para trabalhar, preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde, mais nada além disso. Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil", disse.
"Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil", disse o presidente, citando a possibilidade de saques a supermercados.
Ele ainda acusou Doria e Witzel, com quem se reunirá nesta manhã em videoconferência junto aos demais governadores da Região Sudeste, de fazerem demagogia em relação à pandemia de coronavírus.
(Por Eduardo Simões)