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Calendário Econômico - Fique por dentro de 5 assuntos relevantes da semana

Publicado 05.12.2021, 09:28
Atualizado 05.12.2021, 13:45
© Reuters.
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Por Noreen Burke e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Os desdobramentos resultantes da variante ômicron do coronavírus continuarão a ser o principal fator para o humor do mercado na próxima semana, o que, junto com a guinada mais agressiva do Federal Reserve, significa que os dados da inflação estarão no centro das atenções. A volatilidade generalizada de mercado, que fez o Bitcoin cair no sábado, dá sinais de que irá se manter elevada. Enquanto isso, o Reino Unido deverá publicar os dados do PIB de outubro antes da reunião de dezembro do Banco da Inglaterra. No Brasil, foco voltado para a decisão de política monetária do Copom.

Aqui está o que você precisa saber para começar a sua semana.

CONFIRA: Calendário Econômico completo da Investing.com

1. Incertezas da variante ômicron

O número de países que registraram casos da variante ômicron continua a aumentar, mas os cientistas ainda não sabem se ela é mais infecciosa que as outras variantes, qual a gravidade da doença ou qual o nível de proteção proporcionado pelas vacinas contra Covid-19 existentes. Provavelmente, ainda serão necessárias várias semanas para se conseguir essas respostas.

A variante ômicron parece estar se espalhando mais rápido que a delta, responsável por 99% das transmissões atuais.

O surgimento da nova cepa derrubou os mercados financeiros e minou a recuperação econômica global, no momento em que os países começavam a retornar dos lockdowns provocados pelo delta.

O Fundo Monetário Internacional alertou na sexta-feira que provavelmente diminuirá as suas estimativas de crescimento econômico global devido à nova variante.

2. Dados da inflação e volatilidade nos EUA

O destaque do calendário econômico serão os dados relativos à inflação dos preços ao consumidor em novembro, a serem divulgados na sexta-feira. O IPC dos EUA avançou 6,2% em outubro, o maior aumento anual em mais de trinta anos, em meio a uma crise global da cadeia de fornecimentos, e as previsões apontam para um aumento de 6,7% em novembro.

Outra leitura forte pode minar as expectativas para a rápida redução do estímulo econômico do Federal Reserve.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central provavelmente discutirá uma redução mais rápida do seu programa de estímulo durante sua reunião no final deste mês, alimentando a especulação de que o debate sobre a elevação das taxas de juros também chegaria à mesa.

Powell também disse que a palavra "transitória" não era mais a palavra certa para descrever a escalada da inflação.

O relatório de emprego payroll divulgado na sexta-feira, que aponta o menor crescimento na geração de empregos até agora em 2021, pouco fez para alterar as expectativas para a aceleração dos cortes ao estímulo monetário. Enquanto a economia tenha adicionado apenas 210.000 vagas em novembro, a taxa de desemprego recuou para 4,2%, seu menor nível desde fevereiro de 2020, além de registrar aumento nos salários.

Além disso, as ações americanas registraram fortes vendas na semana passada, atingidas pelo duplo golpe das incertezas quanto à variante ômicron e a perspectiva de uma redução mais rápida do programa de estímulo econômico por parte do Fed.

Essa turbulência tem tudo para já que os investidores estão abandonando as ações de empresas de crescimento e tecnologia em favor das ações de valor, que incluem empresas como bancos, financeiras e empresas de energia, sob a expectativa de que elas tenham um melhor desempenho à medida que a Fed normaliza a política monetária.

As ações de valor realizaram um rali no início do no ano com a reabertura da economia dos EUA, porém tiveram recuo à medida que os investidores retornaram para a ações de tecnologia.

"O Fed traz a bebida, e são eles que levam embora", disse Michael Antonelli, estrategista da Baird, à Reuters. "Os mercados estão reprecificando rapidamente sua visão sobre o futuro".

LEIA MAIS: Fed provavelmente discutirá redução mais rápida de estímulos na próxima reunião, diz Powell

3. Criptos em baixa

O Bitcoin, a maior criptomoeda em valor de mercado, chegou a cair 20% no sábado, em meio a um sell off generalizado de moedas digitais, na esteira de uma semana volátil nos mercados de capitais.

O Ethereum, segunda maior criptomoeda, caiu mais de 10% antes de se recuperar, enquanto outras moedas digitais de ampla negociação, incluindo Dogecoin e SHIBA INU também tropeçaram.

As preocupações sobre repressão regulatória podem estar trazendo névoa para os mares dos investidores em cripto.

Na quarta-feira, os executivos das principais empresas de criptomoedas, incluindo a Coinbase (NASDAQ:NASDAQ:COIN), devem testemunhar perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA, entre a apelos à regulação do mercado, notoriamente volátil.

As perspectivas de aumentos mais rápidos das taxas de juros também pode estar afetando as criptomoedas, já que juros mais altos tornam a manutenção de de ativos especulativos menos atraente. Da última vez que o Fed elevou as taxas de juros em 2017 e 2018, os preços da bitcoin caíram consideravelmente.

4. PIB do Reino Unido

O Reino Unido deverá publicar os dados relativos ao PIB de outubro na sexta-feira, que deve se manter estável à medida que os trabalhadores retornam gradualmente aos escritórios e as vendas a varejo se mantêm sólidas. Os dados econômicos recentes do Reino Unido indicam que o Banco da Inglaterra pode levar adiante sua primeira alta de juros desde a pandemia, objeto de grande debate, face à espiral da inflação.

Mas com as novas incertezas em consequência da variante ômicron, os dirigentes podem decidir esperar até ao início de 2022 antes de aumentar as taxas durante sua reunião de dezembro. A decisão surpresa de novembro de segurar as taxas mostrou que os oficiais se sentem à vontade com a espera por novos dados.

5. No Brasil, foco na decisão do Copom

Após uma semana com ênfase na PEC dos Precatórios, a proposta volta para apreciação na Câmara dos Deputados, pois foi aprovada com alterações no Senado. Ainda não está definido se a medida pode ser promulgada “de forma parcelada”. Já a matéria do Novo Refis também pode ser apreciada nesta semana, mas ainda falta a apresentação do parecer do relator, deputado André Fufuca (PP/MA).

A inflação será o foco dos próximos dias. Com IPCA acima de dois dígitos, os olhares dos brasileiros estão voltados às medidas para diminuir os aumentos nos preços. Nesta segunda, o boletim Focus, divulgado às 8h25 vai trazer as perspectivas do mercado para os principais indicadores econômicos. Na terça, às 8h, saem os dados do IGP-DI e, na quarta, vendas do varejo às 9h e fluxo cambial estrangeiro às 14h30. Às 18h, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga qual será a definição da taxa de juros Selic, que hoje está em 7,75% ao ano.

A projeção é de um aumento mais incisivo para frear a inflação, chegando a 9,25% e deixando a política monetária ainda mais contracionista.

Na sexta-feira, serão divulgados os dados da inflação oficial. O IPCA anual divulgado em outubro foi de 10,67% e a perspectiva do mercado é que o dado de novembro alcance 10,89%.

-- a Reuters contribuiu para este artigo

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