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Carros elétricos foram 0,9% do mercado brasileiro em 2023

Publicado 04.03.2024, 09:38
Carros elétricos foram 0,9% do mercado brasileiro em 2023
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Os carros elétricos conquistaram uma fatia próxima de 1% de todas as vendas de carros no Brasil em 2023. Com um total de 19.310 modelos vendidos, o volume comercializado nas concessionárias mais do que dobrou em comparação com 2022, quando 8.458 veículos foram negociados no mercado doméstico. Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Esses números mostram que os carros elétricos começam a ganhar tração no país. Segundo a Anfavea, as vendas devem ficar próximas de 24.100 unidades e alcançar uma participação de 1,04% entre todos os carros vendidos no território nacional. Apesar do avanço e do interesse do brasileiro em conhecer os modelos, a eletrificação total da frota ainda será uma realidade distante no Brasil devido a baixa infraestrutra para receber os veículos.

Além disso, diversas montadoras apostam que o país não deve ter pressa, pois já conta com um mercado robusto de etanol, que combinado com os veículos elétricos nos modelos híbridos atende melhor a demanda brasileira.

Apesar de o Brasil ter uma matriz elétrica limpa, que torna os carros elétricos realmente viáveis no sentido da descarbonização, as montadoras enxergam que a mescla com carros híbridos a etanol é uma alternativa mais segura para um país que historicamente tem dificuldades em modernizar sua infraestrutura.

Essa tendência de rever as projeções das vendas de carros elétricos e adaptá-las às conjunturas do país não é exclusividade do Brasil. Segundo estudo feito pela consultora KPMG, executivos do mercado automobilístico internacional estimavam que os carros elétricos poderiam conquistar uma fatia de até 70% do setor até 2030. Atualmente, a avaliação é que essa porcentagem fique entre 10% e 40% até o final da década.

Os executivos consultados destacaram 3 países responsáveis pela redução nas projeções: Brasil, Índia e Japão. A maior causa para uma dificuldade de adesão dos carros 100% elétricos no Brasil foi a cultura de biocombustíveis, que faz com que o país não fique afobado na descarbonização automotiva.

Para a Índia, os especialistas sinalizaram que as projeções no país recuaram por causa da baixa infraestrutura para acomodar os veículos. Já o Japão foi citado como um país que optou por uma transição voltada ao híbrido e por outros fintes além das baterias elétricas.

A eletrificação total da frota também preocupa pelas incertezas que traz no descarte das baterias de lítio e na revenda de carros usados. Isso porque o mercado de revenda é praticamente inexistente devido à vida útil limitada da bateria e o descarte dos veículos não é tão simples quanto o de celulares que utilizam o mesmo tipo de bateria.

Segundo a KPMG, o Brasil é um dos poucos países que estão inseridos em um contexto que não é necessário acelerar a eletrificação, ao mesmo tempo em que o planeta avalia todos os impactos da transformação.

Brasil vai dobrar quantidade de eletropostos em 2025, diz entidade

O Brasil deve mais que dobrar a sua infraestrutura para recarga de carros elétricos até o fim de 2025. A Abve (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) estima que o país deve alcançar a marca de 10.000 eletropostos no país nos próximos 2 anos. Atualmente, existem cerca de 4.600 em território nacional.

O número de postos para recarga de veículos elétricos tem crescido nos últimos anos. Isso se deve a maior adesão de carros eletrificados no Brasil e parcerias entre distribuidoras de combustíveis que tentam se adaptar ao mercado e às montadoras que apostam nos elétricos e desejam ampliar ainda mais essa participação.

Em fevereiro deste ano, a distribuidora de combustíveis Raízen e a fabricante de veículos elétricos BYD firmaram um acordo para instalação de 600 pontos de recarga para carros eletrificados no Brasil. As entradas serão distribuídas em 8 capitais do país.

Apesar dessa expansão, a distribuição dos pontos de recarga preocupam o acesso de muitos brasileiros aos modelos elétricos. Isso porque mais da metade dos eletropostos está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país, sendo quase 1/3 apenas no Estado de São Paulo.

Ao Poder360, o diretor e sócio do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Pedro Rodrigues, explicou que essa concentração de pontos de recarga nas regiões mais desenvolvidas do país se deve ao fato do acesso aos veículos ser restrito às áreas mais ricas por causa do preço elevado dos veículos.

Além disso, a instalação dos pontos de recarga dependem de uma infraestrutra robusta para transmissão de energia para recarregar os veículos. Segundo Rodrigues, as regiões fora do eixo Sul e Sudeste não têm capacidade para suportar um volume expressivo de eletropostos devido à fragilidade de seus sistemas de transmissão.

“As cidades no Sudeste e no Sul têm em sua maioria uma infraestrutura melhor do que as do Norte e do Nordeste, porque esse é um tipo de instalação cara e você não pode ter um posto de recarga se você não tem uma rede elétrica que de suporte nesses locais”, disse Rodrigues.

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