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CHARGE: Com crescente arrependimento, o Brexit deve chegar a uma triste conclusão

Publicado 22.12.2020, 11:45
© Investing.com

Por Geoffrey Smith

Investing.com - Há muito tempo, as sagas eram emocionantes, exagerando e imortalizando os feitos heróicos dos guerreiros Viking, matando monstros e tudo mais. Mas havia um problema. Dada a falta geral de entretenimento nas longas noites do norte durante a Idade Média (além de beber e brigar), não havia pressão sobre os escritores e artistas para manter as histórias curtas. Com o tempo, conforme o público se tornou mais exigente, a saga passou a representar algo triste, repetitivo e aparentemente sem fim.

É por isso que o termo se encaixa tão bem ao Brexit. Depois de estourar no cenário noticioso internacional em 2016 como uma rebelião populista ruidosa contra o pensamento consensual, ele se transformou em um festival de lentidão indizivelmente chato de burocratas discutindo sobre o reconhecimento mútuo de regulamentos, ajuda estatal e - Deus nos ajude - direitos de pesca.

A pesca, que representa cerca de 0,05% do PIB da Zona do Euro, é supostamente o último grande obstáculo para um acordo sobre uma relação comercial no valor de US$ 1 trilhão por ano e muito mais - como liberdade de movimento e cooperação de segurança - em que nenhum preço pode sensatamente ser colocado.

Nem o nacionalismo hiperbólico do governo do Reino Unido, nem a presunçosa hipocrisia da União Europeia podem disfarçar isso como outra coisa senão uma peça de teatro político que se tornou entorpecente e tediosamente errada, e que a maioria das pessoas prefere esquecer. Uma pesquisa da YouGov publicada na terça-feira mostrou que os britânicos, que votaram 52%-48% para sair em 2016, agora pensam por uma margem de 51%-40% que foi uma má ideia.

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Tarde demais. O fim se aproxima. O período de transição de 11 meses que permitiu aos dois lados fingir que o Reino Unido não havia deixado o bloco em janeiro chega ao fim em nove dias. Depois disso, na ausência de um acordo, os dois terão que aplicar tarifas e cotas aos bens, gostando ou não: as regras da Organização Mundial do Comércio não permitem nada mais.

Por quase meia década, os mercados de câmbio têm trabalhado com o pressuposto de que:

1) Erguer barreiras comerciais onde não existiam anteriormente seria negativo para ambos os lados;

2) O Reino Unido não seria capaz de cumprir a promessa dos Brexiteers de trazer de volta os dias de glória para a economia britânica (que tipo de glória nunca foi explicada, mas as chances de uma nova sorte inesperada como no século XIX, com o uso de canhões para explodir o mercado chinês para o ópio indiano, devem ser bastante reduzidas);

3) Os altos custos do No Deal garantiriam que o bom senso prevalecesse para tirar o melhor proveito de um trabalho ruim.

Poucas coisas aconteceram para mudar qualquer um desses cálculos nesse meio tempo. Como tal, o desconto aplicado à libra esterlina tem sido relativamente constante: ainda está sendo negociada cerca de 10% abaixo em relação ao euro e ao dólar em relação ao nível antes do referendo de 2016. Em ambos os lados do Canal da Mancha, há governos determinados a gastar muito para reaquecer a economia e bancos centrais determinados a acomodá-los com programas de compra de títulos igualmente grandes.

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Se - SE, em letras garrafais - o bom senso puder prevalecer e o No Deal puder ser evitado, a história sugere que a libra esterlina está agora um tanto desvalorizada em relação ao euro. As pesquisas de gestores de fundos regulares do Bank of America Merrill Lynch certamente sugerem que os ativos do Reino Unido - começando com a própria moeda - são ‘subpropriados’ e tecnicamente configurados para uma recuperação. No entanto, para que isso seja sustentado, o Reino Unido precisa provar que o processo do Brexit não prejudicou permanentemente a produtividade do país em relação à da Zona do Euro. O ônus da prova será pesado.

Últimos comentários

melhor do quê ficar sustentado países parasitas.
verdade além de receber terroristas a força.
os especialistas nessa área tem a mesma acertividade da mãe Diná.
Análise excelente! Isolacionismo é coisa anticapitalista... senão de ignorantes em economia!
matéria mal escrita e enviesada ideologicamente como sempre são as matérias de 11 de 10 "jornalistas"
acho engraçado ver o ranço ideológico escorrendo nas palavras do autor do texto, que, aposto, deve jurar "isenção" kkkkkk Não sei por que esse beicinho todo? É como um casamento. uma das partes estava se sentindo prejudicada e quis divórcio. E eles tem direito! Aliás, se o governo brasileiro tiver o mínimo de inteligência, a hora é agora pra fechar um bom acordo comercial com os ingleses.
EE POVINHO MIMIZENTO ESSE AQUI NOS COMENTARIOS ....  NADA COMO UMA GUERRA PARA FAZER UMA LIMPA , UAM VERDADEIRA RECICLAGEM AO MODO DARWINISTA
esse papo de brexit já esta mais velho que a própria rainha
Os ingleses nao pregao fogo em estipa nao. Na hr certa sairam de um sistema q vai acabndo com os paises no mundo a nova ordem comunista.
O ser humano é um bem com demanda cessante e oferta crescente. Além de não incluir controle de qualidade em sua produção.
Moro no Reino Unido e posso afirmar que a YouGov é pior que o datafolha e outros institutos de "pesquisa". Não tem ninguém aqui arrependido! Tic tac.
Bolsonarista espalhando fake news
 interessante é o instituto de pesquisa da china comunista né lá funciona que é uma beleza....
O Reino Unido não está mais unido... A Irlanda está dividida. Parte fica com a UE. Outra parte com UK. UK é a perdedora dessa aventura. Pra começar, vai perder a hegemonia financeira. A "City" nunca mais será a mesma. Já perdeu a hegemonia para Bruxelas. E isso é só o começo. Inflação vai explodir no UK pois saindo da zona do euro, todos os impostos que hoje não existem entre os estados membros, voltam com tudo.
Por muito tempo a Inglaterra foi um império. Agora eu quero que os inglês se afundem na recessão!
materia tendenciosa. O Reino Unido pula fora de um navio que está afundando e não tem mais reparação. No longo prazo irão perceber que foi a melhor decisão.
Hahahahaha o choro é livre. Nem resultado de eleições vcs aceitam seus pseudos jornalistas Globalistas. Aceita que dói menos, os UK nunca precisaram da Europa para serem um país rico e desenvolvido.
Verdade, esse pessoal que não aceita resultado de eleição é um bando de recalcado., ahahaha
Globalistas nunca vao aceitar, chorem
Brexit vai para historia como a maior perda de tempo e energia para se chegar a lugar algum.
Discordo do "crescente arrependimento". o Brexit acabou sendo referendado com a eleição recorde do Boris Johnson q tinha o Brexit como principal plataforma... se é populismo ou não, se estão certos ou errados não sei... mas arrependidos não estão (pelo menos ainda).
As pessoas sentem-se superiores até precisarem das outras.
Como alguns estados brasileiros!!!!
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