Por Andrea Shalal e David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O conselho executivo de 24 membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) retomará conversas nesta segunda-feira sobre as alegações de manipulação de dados envolvendo a diretora-gerente da instituição, Kristalina Georgieva, depois de prometer no domingo resolver a questão "muito em breve", disseram fontes familiarizadas com o assunto.
A França e outros governos europeus defenderam na sexta-feira que a economista búlgara conclua seu mandato como chefe do FMI, enquanto autoridades dos Estados Unidos e de outros países buscavam mais tempo para avaliar relatos divergentes sobre irregularidades em dados no relatório "Doing Business" (Fazendo Negócios) do Banco Mundial, agora descontinuado.
Georgieva negou veementemente as acusações de manipulação de dados, que datam de 2017, quando ela era a executiva-chefe do Banco Mundial. Ela se tornou diretora-gerente do FMI em outubro de 2019.
O escândalo ameaça ofuscar as reuniões de alto nível desta semana do FMI e do Banco Mundial, em que Georgieva deve assumir um papel de liderança com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, nas discussões sobre a recuperação global diante da pandemia de Covid-19, alívio da dívida e esforços para acelerar as vacinações.