Investing.com – Em uma recente análise sobre a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos EUA, divulgada na última quinta-feira, 9, o Bank of America (NYSE:BAC) antecipou que a inflação no país continuará elevada, sendo um motivo de desconforto antes da divulgação dos dados da próxima semana. Os analistas do banco projetam que o núcleo do indicador de abril registre 0,28% mensal, uma redução em relação à média de 0,37% observada no primeiro trimestre do ano.
A expectativa é que a inflação básica se mantenha em 0,3% mensalmente. "Embora essa seja uma moderação em relação à média trimestral anterior, não consideramos que seja suficiente para tranquilizar o Federal Reserve", comentou o Bank of America. Para a inflação geral, o banco prevê um aumento mensal de 0,33%.
Por outro lado, o Morgan Stanley (NYSE:MS) adotou uma visão um pouco mais otimista, anunciando que "a descida começou". O banco espera que o núcleo da inflação do IPC alcance 0,29% em abril, com a taxa anual fixada em 3,6%.
A análise do Morgan Stanley sugere que a diminuição na inflação de abril foi impulsionada principalmente por uma redução nos serviços, com destaque para uma expectativa de menor inflação em seguros de automóveis, desinflação contínua nos aluguéis e redução nos custos dos serviços de saúde. Além disso, a inflação de bens permanece negativa, embora tenha apresentado uma melhora devido a uma menor deflação em carros usados.
O Morgan Stanley também projeta que as taxas de inflação mensal se tornarão mais brandas no futuro, antecipando uma desinflação mais acelerada a partir do segundo semestre do ano. Segundo o banco, essa tendência deverá fornecer ao Federal Reserve a confiança de que a inflação está caminhando de forma sustentável em direção à meta estabelecida.
Consumo continuará forte em abril
O Bank of America também projeta que os gastos dos consumidores continuem fortes em abril nos EUA, apesar de influências sazonais que afetaram as tendências recentes. Os dados do banco revelam que os gastos totais com cartões de crédito e débito por domicílio subiram 1,0% em abril, após um aumento de 0,3% em março. Embora influenciados por fatores como o início da Páscoa e outras variações sazonais, o impulso básico nos gastos se manteve relativamente moderado, mas estável.
Famílias de baixa renda foram as principais responsáveis pelo aumento dos gastos, superando as famílias de renda mais alta nos registros do banco. Esse avanço reflete melhorias nos salários após os impostos e no crescimento dos rendimentos para esses grupos, complementados por uma base sólida de poupança.
Entretanto, os analistas apontam que o arrefecimento do mercado de trabalho requer atenção constante. Apesar de as restituições de impostos favorecerem os grupos de baixa renda, um aumento nos pagamentos de dívidas pode ter limitado o impacto habitual dos gastos associados a essas restituições.
Outro desafio para os consumidores é o aumento dos custos com seguros imobiliários, o que adiciona uma camada extra de dificuldades econômicas. Ainda que certos fatores que elevam os custos dos seguros possam se manter, os consumidores seguem adaptando suas decisões de gastos à dinâmica financeira que continua a evoluir.
Os dados compilados pelo BofA enfatizam a capacidade dos consumidores de manterem seus gastos, demonstrando uma notável resiliência diante dos desafios econômicos.
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