Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a troca dos promotores que atuam na investigação do caso da chamada "rachadinha", após recentemente ele ter tido reconhecido o direito a foro privilegiado na segunda instância.
Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro, quer a retirada de promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaec) do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, que vinham atuando no caso na primeira instância, após a investigação ter sido remetida para a segunda instância da Justiça do Rio de Janeiro.
A defesa do senador defende a nulidade das designações dos promotores do grupo e que o procurador-geral de Justiça do Estado ou outro procurador de Justiça designado conduza a investigação.
O conselheiro do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello, relator do caso, deu prazo para que o chefe do MP do Rio se manifeste.
"Notifique-se o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, José Eduardo Ciotola Gussem, para que, nos termos do artigo 126 do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público, preste as informações que entender pertinentes no prazo de 15 (quinze)dias", decidiu.
O filho do presidente é investigado por suposta apropriação de parte dos salários de seus assessores quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, em um esquema conhecido como "rachadinha". Ele nega irregularidades.