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Fluxo cambial tem melhor ano desde 2015 apesar de decepção com saldo comercial

Publicado 05.01.2022, 15:08
Atualizado 05.01.2022, 15:40
© Reuters. Notas de 1 dólar
14/11/2014
REUTERS/Gary Cameron

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou em 2021 a maior entrada líquida de moeda estrangeira pelo câmbio contratado em seis anos, no equivalente a pouco mais de 6,1 bilhões de dólares, após três anos consecutivos de saldos negativos, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.

O fluxo cambial foi superavitário em 6,134 bilhões de dólares no acumulado do ano, melhor resultado desde 2015 (+9,414 bilhões de dólares).

A sobra de dólares, contudo, representa um volume modesto comparado com os 73,686 bilhões de dólares perdidos entre 2018 e 2020. Apenas em 2020, o déficit fora de 27,923 bilhões de dólares.

O acumulado do fluxo cambial vinha numa crescente até setembro, quando chegou a superar 22 bilhões de dólares, mas a partir de então as saídas de recursos aceleraram, num período em que o mercado se deparou com um combo que incluiu propagação do estresse financeiro no setor de construção chinês, rápida deterioração na expectativa fiscal do Brasil e preocupações com a inflação global.

Sobre o ano cheio, chama atenção a composição do resultado do fluxo.

Enquanto o fluxo financeiro conseguiu ficar menos negativo --saiu de déficits de 62,244 bilhões em 2019 e de 51,173 bilhões de dólares em 2020 para rombo de "apenas" 3,669 bilhões de dólares em 2021--, as operações comerciais minguaram, mostrando saldo positivo de 9,803 bilhões de dólares no ano passado, bem abaixo dos superávits de 23,250 bilhões de dólares em 2020 e de 17,475 bilhões de dólares de 2019.

Isso indica que "os exportadores não estão internalizando parte relevante dos recursos", comentou em nota Sérgio Goldenstein, chefe da área de estratégia da Renascença.

O fluxo positivo no ano de 2021 foi limitado por uma forte saída de recursos em dezembro, de 9,946 bilhões de dólares --a mais expressiva para qualquer mês desde dezembro de 2019 (-17,612 bilhões de dólares).

© Reuters. Notas de 1 dólar
14/11/2014
REUTERS/Gary Cameron

No acumulado do último bimestre do ano, o país perdeu 13,344 bilhões de dólares. Para Goldenstein, isso explica parte da pressão sobre a taxa de câmbio no período, levando o BC a realizar ofertas de liquidez no mercado à vista. Apenas em dezembro o Bacen liquidou a venda de 4,837 bilhões de dólares nessa modalidade.

Com a debandada de moeda no mês passado, os bancos tiveram de prover liquidez, o que elevou sua posição vendida na divisa no mercado à vista a 20,668 bilhões de dólares, maior valor desde março, quando ficou em 21,081 bilhões de dólares.

Ao longo de todo o ano passado o Bacen liquidou a venda de 11,982 bilhões de dólares no mercado à vista. Considerando operações de linhas, o BC liquidou a recompra de 4,900 bilhões de dólares em 2021.

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