O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse nesta quarta-feira, 25, que, com novas projeções de inflação, o espaço no teto de gastos no ano que vem poderá ficar entre R$ 17 bilhões e R$ 25 bilhões. Ele ressaltou que, se não houver o parcelamento das despesas com precatórios, o espaço para a ampliação de qualquer gasto do governo no ano que vem é "zero".
Em evento da XP, Funchal confirmou que, sem consenso para aprovar a reforma do Imposto de Renda que daria as bases fiscais para a ampliação do gasto com o Bolsa Família - rebatizado de Auxílio Brasil -, o governo busca alternativas e pode usar como fonte de custeio recursos provenientes do plano de revisão de subsídios tributários, que a equipe econômica precisa apresentar ao Congresso no próximo mês.
O "plano B" foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Segundo o secretário, o uso de crédito extraordinário para fazer frente a gastos como o auxílio emergencial dependerá da evolução da pandemia. "Não sei se conseguiríamos justificativa para crédito extraordinário com população vacinada. Seguindo a tendência de queda nas mortes, vejo mais provável sair do auxilio emergencial para um programa estrutural", concluiu.