Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira que terá como preocupação garantir segurança jurídica para a estabilidade e prosperidade do país, defendeu uma atuação minimalista do Poder Judiciário e ainda ressaltou que não vai permitir que se obstrua avanços no combate à corrupção, citando a operação Lava Jato.
"A preocupação desta gestão que se inicia também é a de que o Poder Judiciário brasileiro atue para proporcionar a segurança jurídica necessária para a estabilidade e a prosperidade do país", disse.
"Nenhuma nação cresce em um ambiente permeado por excesso de burocracia e por incertezas quanto às consequências das condutas humanas. Os investidores no Brasil clamam por previsibilidade e segurança jurídica, na medida em que surpresa e desenvolvimento econômico não combina", completou ele, na solenidade de posse no cargo.
A cerimônia, que teve também a posse de Rosa Weber como vice-presidente do Supremo, foi acompanhada presencialmente por uma série de autoridades, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Em meio a revezes da operação Lava Jato, cuja força-tarefa do Ministério Público Federal de Curitiba foi prorrogada na véspera até final de janeiro de 2021, Fux disse que sua gestão não vai admitir "qualquer recuo no enfrentamento da criminalidade organizada, da lavagem de dinheiro e da corrupção".
"Não permitiremos que se obstruam os avanços que a sociedade brasileira conquistou nos últimos anos, em razão das exitosas operações de combate à corrupção autorizadas pelo Poder Judiciário brasileiro, como ocorreu no mensalão e tem ocorrido com a Lava Jato", disse.