(Reuters) - O governo habilitou as primeiras 23 empresas do setor automotivo no programa Mover, que pretende distribuir 19,3 bilhões de reais em créditos tributários até 2028 à indústria, enquanto outros 18 pedidos estão em análise.
Entre as empresas habilitadas estão Toyota, Renault (EPA:RENA), General Motors (NYSE:GM), Mercedes-Benz, Nissan (TYO:7201), Honda (TYO:7267), Marcopolo (BVMF:POMO4) e o centro de pesquisa da Ford (NYSE:F). As 23 habilitações foram publicadas nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a maioria das autorizações iniciais são para fabricantes de veículos e autopeças que já produzem no país.
"Das que permanecem sob análise, 11 são para projetos de desenvolvimento, incluindo novas plantas, novos modelos e relocalização de fábricas; e três são para serviços de pesquisa de empresas que não fazem carros nem componentes, mas têm centros de P&D e laboratórios no país. As outras quatro são empresas com fábricas já em funcionamento", afirmou a pasta.
O ministério disse que as empresas habilitadas podem apresentar seus projetos e solicitar os créditos proporcionais aos investimentos -- que podem variar de 0,50 a 3,20 reais por real investido "acima de um patamar mínimo" não especificado no comunicado.
"Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito. A busca por mercados externos também resulta em incentivos adicionais. Caso não realize os investimentos previstos, a empresa é desabilitada e tem de devolver os recursos recebidos."
Enquanto isso, os investimentos de grandes montadoras no Brasil já somam mais de 100 bilhões de reais. Os aportes incluem 30 bilhões de reais da Stellantis (NYSE:STLA) até 2030, 16 bilhões de reais da Volkswagen (ETR:VOWG) até 2028, 7 bilhões de reais da GM até 2028 e 1,1 bilhão de dólares da Hyundai até 2032.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas; )