Por Alexandre Caverni
(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitou uma audiência na comissão especial da Câmara dos Deputados da reforma administrativa para procurar explicar declarações polêmicas dadas por ele e argumentou que se criam imagens das pessoas que servem para gerar as figuras de "monstros" e "santos".
"(O termo) parasitas nunca foi para o funcionário público... quando os gastos começam a subir, esse foi exatamente o exemplo que eu dei... eu estava falando dos entes federativos, inclusive governo federal... quando você começa a gastar com a própria máquina 95, 96, 97, você vai chegar a 100% do PIB, o ente virou parasitário, não é o funcionário (público)", disse Guedes explicando uma fala que causou polêmica no começo de 2020.
"Criam imagens de pessoas, estamos alimentando ódio entre as pessoas, criando monstros, criando santos, não tem santo, não tem monstro, isso daqui é uma colaboração, o Brasil é uma democracia", acrescentou o ministro.
Guedes repetiu que a reforma propõe que a estabilidade do funcionalismo, garantida aos servidores atuais, no futuro não seja concedida no ato da contratação, mas após algum tempo de avaliação do novo funcionário.
Questionado sobre as privatizações em curso ou planejadas pelo governo, o ministro disse considerar um desrespeito perguntarem a ele quem seriam os seus amigos que vão comprar estatais.