Investing.com – A UBS (SIX:UBSG) Asset Management, gestora de investimentos do grupo suíço UBS, anunciou na quinta-feira que diminuiu sua posição em ações globais, diante das incertezas sobre o cenário econômico mundial. A empresa, que previa novos recordes para os mercados acionários sem impacto na rentabilidade dos títulos públicos, disse que essa visão otimista pode ser desafiada no curto prazo. “Há vários fatores técnicos e fundamentalistas que nos levam a crer que essa narrativa pode ser questionada do ponto de vista tático”, afirmou Jaime Raga, senior CRM da UBS AM Iberia.
A gestora continua esperando um pouso suave para a economia dos Estados Unidos e global, mas alertou que essa perspectiva pode ser pressionada nos próximos meses. “Isso ofereceria oportunidades para reinvestir na fraqueza dos mercados de ações”, disse Raga.
A UBS AM, que mantinha uma posição de sobrepeso em ações globais desde junho do ano passado, agora adota uma postura mais neutra. “Isso ocorre porque o cenário econômico considerado pelo nosso modelo é o mesmo que o do consenso, o que faz com que a proposta de risco-recompensa para as ações já não seja tão atraente quanto antes”, explicou Raga.
Entre os fatores que podem abalar os mercados, a gestora citou uma possível aceleração temporária da inflação nos Estados Unidos, que poderia dificultar a ação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de cortar os juros. Além disso, a valorização do dólar poderia afetar os lucros das multinacionais americanas, e a volatilidade dos títulos poderia reduzir as avaliações das ações, que já estão em níveis elevados.
A UBS AM observou que o mercado de ações pode estar começando a perceber alguns desses obstáculos. “Embora os principais índices de ações tenham atingido máximas históricas, a amplitude do mercado estreitou-se, com uma queda acentuada na proporção de componentes do S&P 500 que estão sendo negociados acima de suas médias móveis de 50 dias”, disse Raga.
A gestora afirmou que mantém uma visão otimista da economia e das ações globais no médio prazo, mas que taticamente acredita que chegou a hora de fazer uma pausa no que tem sido um rali historicamente forte das ações.
A empresa disse ainda que vê oportunidades em alguns ativos de risco, especialmente nas ações japonesas. Ela destacou que as empresas do Japão estão beneficiadas pelo cenário de crescimento nominal pós-pandemia, pela melhoria da governança corporativa e pela política monetária frouxa, mesmo com o início de um ciclo de aperto pelo Banco do Japão.
Em contrapartida, a UBS AM mostrou-se pessimista com as ações suíças, que apresentam uma significativa fraqueza nos lucros em relação a outras regiões, segundo seus indicadores.
“Uma visão neutra das ações não é uma opção explicitamente baixista, e ainda há alguns ativos de risco que continuamos a favorecer”, afirmou Jaime Raga, senior CRM da UBS AM Iberia.
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