LONDRES (Reuters) - Estima-se que houve 4.507 mortes relacionadas ao calor na Inglaterra em 2022, de acordo com um estudo oficial sobre mortalidade relacionada ao clima publicado nesta sexta-feira, que mostrou alguns sinais de aumento nas mortes relacionadas ao clima quente.
O Reino Unido registrou seu dia mais quente de todos os tempos em julho de 2022, quando as temperaturas ultrapassaram 40 graus Celsius como parte de uma onda de calor impulsionada pela mudança climática em toda a Europa.
A Agência de Estatísticas Nacionais disse que seu estudo mostrou "alguma indicação de que as mortes relacionadas ao calor aumentaram nos últimos anos", mas descreveu os dados como experimentais e aconselhou cautela ao fazer comparações individuais ano a ano.
"Qualquer mudança no clima em direção a temperaturas mais extremas provavelmente levará a um aumento nas mortes atribuíveis", disse a agência.
Os 10 anos mais quentes já registrados no Reino Unido ocorreram todos neste século, de acordo com o órgão de previsão nacional Met Office.
A agência disse que, durante os 35 anos entre 1988 e 2022, cerca de 51.670 mortes na Inglaterra foram associadas aos 5% dos dias mais quentes e cerca de 199.298 mortes foram associadas aos 5% dos dias mais frios.
O maior risco de mortalidade ocorreu em Londres, quando as temperaturas subiram acima de 29°C, onde o risco de morte foi três vezes maior do que quando as temperaturas estavam entre 9°C e 22°C, informou a agência.
As temperaturas no Reino Unido neste verão não atingiram as máximas de 2022, mas uma onda de calor neste mês também registrou a primeira série de sete dias consecutivos acima de 30°C em setembro. O Met Office disse que 2023 foi o oitavo verão mais quente já registrado no Reino Unido.
(Reportagem de Kylie MacLellan)