Por Susan Heavey e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - Mitch McConnell, líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, e outros importantes republicanos repudiaram nesta quinta-feira a recusa do presidente Donald Trump de se comprometer com uma transferência de poder pacífica e garantiram aos eleitores norte-americanos que o resultado da eleição de novembro será aceito.
Trump não se comprometeu com uma transferência pacífica ao responder a uma pergunta de um repórter na quarta-feira, e disse acreditar que sua batalha eleitoral próxima contra o democrata Joe Biden será decidida na Suprema Corte.
Os democratas acusaram Trump de ameaçar a democracia norte-americana e de politizar ainda mais sua escolha iminente da substituta de Ruth Bader Ginsburg, falecida juíza da Suprema Corte, ao insinuar que sua indicada ainda a ser revelada intervirá no desfecho da eleição.
Republicanos invocaram as garantias da Constituição do país, mas não repudiaram Trump abertamente.
"O vencedor da eleição de 3 de novembro será empossado no dia 20 de janeiro. Haverá uma transição ordeira, como tem havido a cada quatro anos desde 1792", tuitou McConnell.
A deputada Liz Cheney, que comanda a Conferência Republicana na Câmara dos Deputados, escreveu no Twitter: "A transferência de poder pacífica está entronizada em nossa Constituição e é fundamental para a sobrevivência de nossa República. Os líderes da América fazem um juramento à Constituição. Preservaremos este juramento."
Eles foram acompanhados por correligionários como os senadores Marco Rubio e Mitt Romney, o deputado Steve Stivers e outros.
(Por Susan Heavey, Doina Chiacu, Richard Cowan e Susan Cornwell)