Por Michel Rose e Ingrid Melander
PARIS (Reuters) - O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira que irá tornar o país mais autossuficiente, cortar impostos, reformar o mercado de trabalho e endurecer as regras de imigração caso seja reeleito no mês que vem.
As pesquisas de opinião mostram que a liderança duradoura de Macron sobre os adversários cresceu nas últimas semanas, com alguns eleitores aprovando seus esforços diplomáticos na guerra da Ucrânia. As projeções mostram que Macron deve vencer o primeiro turno das eleições no dia 10 de abril e bater qualquer oponente no segundo turno no dia 24 de abril.
"Estamos em um ponto crítico, onde podemos fazer uma diferença real", disse Macron em entrevista coletiva, destacando a guerra às portas da União Europeia e o desafio global contra as mudanças climáticas.
Apresentando sua plataforma de campanha pela primeira vez, ele disse que uma meta importante será a de tornar a França mais autossuficiente, com propostas que vão de "investimentos imensos" para adquirir a independência agrícola e industrial, à construção de mais reatores nucleares e fortalecer o Exército.
A França pode se tornar um dos primeiros países a se livrar dos combustíveis fósseis, disse Macron, acrescentando que quer construir um "metaverso europeu" para competir com as gigantes de tecnologia dos EUA e tornar a Europa mais independente também nesta frente.
Ressaltando que suas credenciais favoráveis aos negócios não é algo isento de riscos conforme as famílias sentem os impactos da alta de preços, Macron disse ainda que quer avançar com uma reformulação da economia.
Um banqueiro de investimentos eleito em 2017 com uma plataforma de centro, Macron viu suas políticas tenderem para a direita durante seu mandato.