😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

“Marco fiscal não está em xeque”, diz secretário do Tesouro

Publicado 22.01.2024, 09:26
© Reuters.  “Marco fiscal não está em xeque”, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o Brasil “entrou numa rota sustentável do ponto de vista fiscal” e que “o marco fiscal não está em xeque”, uma vez que há “um conjunto de regras”, inclusive para as despesas.

“Há muita confusão, porque as pessoas acham que, se mudarem a meta, vai ter mais espaço para gasto. A regra do marco fiscal é muito clara quanto ao limite da despesa. Ele vai variar de 0,6% do PIB [Produto Interno Bruto] até 2,5% do PIB, a depender do ano”, declarou em entrevista ao Correio Braziliense publicada nesta 2ª feira (22.jan.2024). “E o que vai definir o ponto desse intervalo são os 70% do que foi a arrecadação da receita recorrente do ano anterior”, acrescentou.

O TCU (Tribunal de Contas da União) indicou a possibilidade de as receitas federais estarem “superestimadas” no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para 2024, o que poderia ocasionar deficit primário de até R$ 55,3 bilhões e “descumprimento da meta de resultado fiscal proposta no projeto de LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] para 2024”.

Em resposta, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse que sua equipe checou todas as receitas previstas no Orçamento de 2024 e considerou os dados “plausíveis”. Porém, destacou que o governo ainda fará um balanço do que foi previsto no Orçamento enviado pelo Executivo ao Congresso no meio de 2023 com a versão final aprovada pelos congressistas posteriormente.

Segundo Ceron, a regra do marco fiscal é “fundamental” porque “garante que, a médio e longo prazos, a despesa vai crescer sempre abaixo da receita”.

“A meta fiscal que colocamos na Lei de Diretrizes Orçamentárias [deficit zero em 2024] é mais agressiva, porque temos o entendimento de que é preciso ter recuperação mais célere, pois vai ser bom e mais saudável para retomar os investimentos. O que está em discussão, agora, é se vamos atingir ou não essa meta mais agressiva. Mas o arcabouço fiscal não está em xeque”, disse o secretário.

Ceron afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre foi transparente ao dizer que a meta tem de representar “um desafio” para haver esforço para “fazer algo diferente” do que vinha sendo feito.

“Quanto mais próximo chegarmos dessa meta, melhor para o país. É menos importante ser o deficit zero, mas isso amarra, traz um diálogo. As pessoas compreendem quando falamos que estamos buscando o equilíbrio. A sociedade entende que estamos querendo equilibrar a receita com a despesa, então, isso tem um simbolismo importante”, afirmou.

Para o secretário do Tesouro, a grande maioria do mercado entende que o Brasil “entrou numa rota sustentável do ponto de vista fiscal” e não tem mais uma ameaça iminente de descontrole da dívida, como nos anos anteriores.

“Podem dizer ‘não vai ser [deficit] zero agora, não vai ser em 2025′. Um analista mais pessimista [pode dizer] ‘ah, a trajetória da dívida vai estabilizar só em 2032’, mas ele não está falando que não vai estabilizar. Ninguém mais fica falando que a trajetória é explosiva e vai passar de 100% do PIB. Não é essa a discussão. A discussão agora, do ponto de vista do debate, é: achamos que vamos, sim, estabilizar, mais cedo do que o mercado espera e abaixo de 80% do PIB”, declarou.

Questionado sobre quais opções estariam na mesa caso o Congresso derrube a MP (medida provisória) da reoneração, Ceron respondeu que o PL (projeto de lei) sobre a prorrogação da desoneração não veio acompanhado por uma medida compensatória de receita.

“A MP da reoneração está indicando um caminho para fazer um processo mais gradual, que permite um equilíbrio para manter o que está previsto na lei orçamentária e para nós conseguirmos seguir buscando o equilíbrio”, disse.

“O Congresso encampou e está apoiando a equipe econômica nessa missão de recuperar o fiscal. E [a desoneração] preocupa, porque, de fato, é preciso encontrar uma solução. É isso que o ministro [da Fazenda, Fernando Haddad] está buscando e tentando o diálogo”, acrescentou.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.