Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Os mercados brasileiros finalizaram nesta sexta-feira uma das semanas mais voláteis em meses, reflexo do recrudescimento de tensões fiscais domésticas e de receios sobre o futuro da política monetária dos EUA.
Chamou atenção o movimento na renda fixa, em que as taxas de DI dispararam mais de 40 pontos-base na quarta-feira. Os juros futuros amenizaram as altas nos dois últimos pregões da semana, mas ainda engataram a quinta semana consecutiva de aumento de prêmio de risco.
O spread entre as taxas dos títulos de referência de dez e três anos saltou 56,5 pontos-base na semana, maior alta desde março, evidenciando o aumento da percepção de risco.
Os preços dos títulos de renda fixa prefixada caíram 0,3% na semana até quinta-feira, depois de quatro semanas consecutivas de perdas. Os números de sexta ainda não foram atualizados e, se não impedirem queda semanal, serão cinco semanas no negativo, mais longa série do tipo desde maio/junho de 2018.
O risco-país medido pelo CDS de cinco anos saltou 10,7 pontos-base no acumulado da semana (considerando números parciais desta sexta-feira), maior alta desde março. O CDS está nos picos desde abril.
O dólar à vista subiu 2,65% na semana, valorização mais forte desde a semana finda em 9 de julho (+4,01%). Já o Ibovespa caiu 2,59% em cinco dias.