LONDRES (Reuters) - Os futuros do café arábica na ICE caíram acentuadamente nesta sexta-feira devido a uma perspectiva otimista para a safra do próximo ano no Brasil, enquanto o mercado registrou ganho anual.
Os mercados de café robusta, açúcar e cacau também estavam em curso de registrar ganhos anuais.
CAFÉ
* O contrato março do café arábica caiu 4,9%, fechando a 1,883 dólar por libra, uma mínima de três semanas.
* Operadores disseram que uma perspectiva favorável para a próxima safra no Brasil, principal produtor, pressionou os preços, com chuvas esperadas nas primeiras semanas de 2024.
* Os preços do café arábica registraram um ganho anual de 12,6%.
* O contrato março do café robusta fechou em baixa de 3,2%, a 2.841 dólares por tonelada.
* Os preços do café robusta acumularam um ganho anual de 58%, impulsionados por uma queda nas exportações do principal produtor, o Vietnã, e uma forte demanda, à medida que os torrefadores aumentam a proporção de robusta, mais barato, em algumas misturas em detrimento do arábica.
* Estima-se que as exportações de café do Vietnã caíram 9,6% em 2023 em relação ao ano anterior, para 1,6 milhão de toneladas, mostraram dados do governo do país nesta sexta-feira.
CACAU
* O contrato março do cacau de Londres fechou em queda de 1,2%, a 3.506 libras por tonelada, mínima em duas semanas.
* Os preços do cacau de Londres subiram 70% no ano, com impulso de uma oferta apertada, com um terceiro déficit global consecutivo amplamente previsto para a atual temporada 2023/24.
* O contrato março do cacau de Nova York fechou em baixa de 1,4%, a 4.196 dólares por tonelada, uma mínima desde 22 de novembro. Em termos anuais, ganhou 61%.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto caiu 5,4%, a 20,58 centavos por libra.
* Os preços do açúcar bruto subiram 3% no ano, com safras desfavoráveis na Índia e Tailândia sendo em parte compensadas por uma forte produção no Centro-Sul do Brasil.
* O contrato março do açúcar branco fechou em baixa de 4,2%, a 596,20 dólares por tonelada.
* Os preços do açúcar branco avançaram 7,5% no ano.
(Reportagem de Shariq Khan e Nigel Hunt)