Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho da bolsa de Chicago caíram nesta terça-feira para o nível mais baixo desde 2020, depois que um relatório semanal do governo dos EUA mostrou condições de safra melhores do que o esperado.
Os contratos futuros de soja também caíram com a melhora nas classificações das safras norte-americanas, enquanto o trigo atingiu seu patamar mais baixo em mais de dois meses.
Um sentimento de aversão ao risco nos mercados de commodities e de ações em geral, juntamente com as preocupações com a economia da China, aumentaram a pressão sobre os futuros de grãos, disseram analistas.
A queda nos preços das safras beneficia os produtores de carne e aves que usam as colheitas para alimentação do gado.
O relatório semanal de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado após o fechamento das negociações na segunda-feira, classificou 59% da safra de milho como boa a excelente. Isso foi acima dos 57% da semana anterior e acima das estimativas dos analistas de 58%.
O USDA também classificou 59% da safra de soja como boa a excelente, um salto ante 54% na semana passada. Analistas esperavam 55%.
O contrato de milho mais ativo terminou em queda de 12,25 centavos a 4,7550 dólares o bushel e atingiu seu preço mais baixo desde 31 de dezembro de 2020.
Os operadores esperavam que o contrato caísse abaixo de 4,81 dólares o bushel, que foi a mínima de segunda-feira e igualou a mínima de julho, que foi o preço mais baixo desde janeiro de 2021.
"Quando você tem pressão macro do mercado, os grãos não são fortes o suficiente para se sustentar sozinhos", disse Gerlach.
A soja perdeu 20,75 centavos para fechar em 13,0525 dólares o bushel. O trigo caiu 17,50 centavos para 5,9850 dólares o bushel e atingiu seu preço mais baixo desde 1º de junho.
Analistas disseram que a escassez de oferta nos EUA e um aumento nas vendas de exportação devem limitar as perdas nos contratos futuros de soja.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago; reportagem adicional de Nigel Hunt em Londres e Naveen Thukral em Cingapura)