Por Christian Kraemer
BERLIM (Reuters) - O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse nesta quarta-feira não esperar obstáculos para avançar com a planejada reforma tributária global em uma reunião do G20 em Veneza neste fim de semana.
"Tudo vai acontecer muito rápido agora", disse Scholz, que concorre como candidato social-democrata a chanceler nas eleições alemãs de setembro, em entrevista à Reuters.
"A meta é muito ambiciosa: queremos já ter tudo pronto para que isso se torne prática internacional em 2023", acrescentou.
Na semana passada, 130 países, que representam mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, apoiaram as maiores mudanças no imposto corporativo internacional em mais de uma geração com novas regras sobre onde as empresas são tributadas e uma alíquota de imposto de pelo menos 15%.
O pacote vai para os próximos ministros das Finanças do G20, que darão apoio político em uma reunião na sexta-feira e no sábado, em Veneza. Os paraísos fiscais, para os quais algumas empresas globais transferiram seus lucros, sairão perdendo.
Os nove países que não assinaram a revisão fiscal global foram os três membros da União Europeia com impostos baixos, Irlanda, Estônia e Hungria, assim como Peru, Barbados, São Vicente e Granadinas, Sri Lanka, Nigéria e Quênia.