BRUXELAS (Reuters) - É improvável que os ministros das Finanças da União Europeia decidam sobre qualquer ação concreta em resposta ao surto de coronavírus em sua teleconferência na quarta-feira, já que a chamada deve ser principalmente um exercício de avaliação de ações, disseram três autoridades financeiras da UE.
O telefonema extraordinário deve permitir que os 27 ministros das Finanças da UE e o Banco Central Europeu compartilhem informações e boas práticas e chamem a atenção uns dos outros para os efeitos colaterais dos acontecimentos, disseram as autoridades.
"Esta é uma reunião de avaliação e um primeiro estágio de coordenação de uma resposta. Essencialmente, as respostas virão dos Estados membros", disse uma autoridade da UE.
"Não somos um super Estado. Os países da UE responderão como entenderem - estamos em uma crise de saúde. Coordenar significa compartilhar informações, boas práticas, alertar uns aos outros, cuidar da disseminação para outros países, enquadrar isto no contexto da UE etc.", disse o funcionário.
"Não espero que decisões sejam tomadas, apenas uma avaliação", disse uma segunda autoridade da UE.
O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros, Paolo Gentiloni, disse na segunda-feira que a reunião pode abrir caminho para uma "resposta fiscal coordenada" em março contra os danos econômicos causados pelo surto do vírus.
Ele observou que essa resposta teria que ser "muito oportuna. Você não pode tomá-la muito cedo, não pode tomá-la muito tarde", disse ele.
Um quarto funcionário da UE confirmou que a chamada poderia preparar o terreno para uma possível resposta fiscal dos países da UE, mas enfatizou que as medidas serão decididas em nível nacional.