Por Eliana Raszewski
BUENOS AIRES (Reuters) - A nova ministro da Economia da Argentina realizou uma série de reuniões de alto nível em Washington na segunda-feira, com credores internacionais e autoridades norte-americanas, em um momento de crescente pressão financeira no país sul-americano.
A economia argentina sofre com uma inflação galopante e déficit fiscal cada vez maior, além de uma moeda que na semana passada enfraqueceu para mínimas recordes em relação ao dólar.
A ministra da Economia, Silvina Batakis, reuniu-se segunda-feira com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual a Argentina tem um acordo de dívida pendente de 44 bilhões de dólares, uma reunião que ambos os lados descreveram mais tarde como produtiva em postagens no Twitter.
Em seu post, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, elogiou os "esforços iniciais" de Batakis para fortalecer a sustentabilidade fiscal da Argentina, comentários provavelmente vistos como um voto de confiança durante o primeiro mês de trabalho da ministra.
Batakis assumiu o cargo depois que seu antecessor se demitiu abruptamente, forçando o presidente Alberto Fernández a agir rapidamente em uma tentativa de acalmar os mercados já ansiosos.
Em uma reunião com altos funcionários do Banco Mundial também na segunda-feira, foi anunciado um novo empréstimo de 200 milhões de dólares para pequenas e médias empresas argentinas, segundo comunicado do Banco Mundial.
O gerente de operações do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, disse no comunicado que o banco forneceu financiamento recorde para o país, incluindo 2,1 bilhões de dólares no ano passado, e espera fornecer uma quantia semelhante em 2022 e 2023.
(Reportagem de Eliana Raszewski)