O número de empresas que pediram recuperação judicial em fevereiro cresceu 64,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 169 companhias que entraram com pedido legal no mês passado, frente à 103 em 2023. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian (LON:EXPN).
As micro e pequenas empresas representaram o maior número de requisições. Do total de pedidos, 107 pertenciam a este grupo.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que a alta de inadimplência somada ao juros elevado contribui para o cenário. “Apesar de estarmos vivenciando uma melhora com queda nas taxas de juros e na inflação, primeiro precisamos ter uma redução da inadimplência para depois presenciarmos uma queda no número de pedidos de recuperações judiciais”, disse.
A maioria das empresas com pedido de recuperação judicial aberto em fevereiro estão no setor de serviços e comércio. São 66 pertencentes a esta categoria. No comércio, foram 54, na indústria, 28 e, no setor primário, 21.
Falências
Apesar do crescimento nos pedidos de recuperação judicial, a falência não se concretizou em todas as empresas. Das 169 que protocolaram a requisição, 80 fecharam as portas. A maioria, micro e pequenas empresas, que registraram 44 requisições de falências.
No recorte por setor, foi o de “serviços” que registrou mais pedidos (33), seguido por “comércio” (24) e “indústria” (23). O segmento “primário” não registrou nenhuma solicitação.