Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - O petróleo se firmou nesta terça-feira com as expectativas de um afrouxamento dos rígidos controles da Covid-19 da China, mas as preocupações de que a Opep+ manteria sua produção inalterada em sua próxima reunião limitou os ganhos.
O petróleo dos EUA (WTI) fechou a 78,20 dólares o barril, alta de 0,96 dólar, ou 1,2%. Já os contratos futuros do Brent fecharam a 83,03 dólares o barril, com ligeira queda de 0,2%.
As autoridades de saúde chinesas disseram que o país planeja acelerar as vacinações contra a Covid-19 para idosos, com o objetivo de superar um obstáculo importante nos esforços para aliviar as impopulares restrições "Covid-zero".
"A perspectiva de retorno à normalidade, em uma economia que é a maior importadora de petróleo do mundo, foi suficiente para fazer os preços do petróleo dispararem na primeira recuperação significativa de preços das últimas duas semanas", disse Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades.
A fraqueza do dólar americano, que tende a ser negociado inversamente ao petróleo, também ajudou a impulsionar os preços do petróleo. O índice do dólar caiu para 106,65 de uma máxima de 20 anos.
Os preços do petróleo, no entanto, foram prejudicados por preocupações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, não ajustariam seus planos de produção em sua próxima reunião em 4 de dezembro.
Cinco fontes da Opep+ disseram que o grupo provavelmente manterá a política de produção de petróleo inalterada em sua reunião de domingo, enquanto duas fontes disseram que um corte adicional na produção também deve ser considerado. Nenhum dos dois, no entanto, pensou que outro corte era altamente provável.
(Reportagem de Laila Kearney; com reportagem adicional de Ahmad Ghaddar, Yuka Obayashi em Tóquio e Muyu Xu em Cingapura)