PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, determinou a inspeção de unidades de inteligência e antiterrorismo para ter certeza de que estão funcionando corretamente e detectar sinais de radicalização entre os funcionários, depois de um ataque a faca num quartel da polícia, em 3 de outubro.
A procuradoria francesa para o combate ao terrorismo disse, neste sábado, que uma investigação sua havia detectado sinais de “radicalização latente” no agressor que esfaqueou quatro colegas de trabalho no quartel-general da polícia de Paris.
O agressor, um analista de TI do quartel-general, realizou o ataque na quinta-feira, quando matou três policiais e um funcionário administrativo, ferindo ainda ao menos mais uma pessoa antes de ser morto a tiros pela polícia.
Philippe disse ao jornal semanal Le Journal du Dimanche que ordenou ao Serviço de Inspeção de Inteligência que reexamine as ferramentas e os procedimentos em vigor no departamento de inteligência do quartel-general da polícia de Paris, de modo a detectar sinais de radicalização entre os servidores civis.
Os resultados sobre a efetividade de tais ferramentas devem ser apresentados até o fim de outubro.
A segunda missão apresentada por Philippe diz respeito a todos os serviços de inteligência envolvidos no combate ao terrorismo. Neste caso, seria necessário certificar que todas as questões com agentes que causam problemas estão sendo resolvidas e que outras estão sendo “reavaliadas”, se necessário, segundo o jornal.
(Por Maya Nikolaeva e Tangi Salaun)