HAVANA (Reuters) - O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, admitiu no domingo a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA, ao escrever no Twitter que seu governo reconheceu que "o povo dos Estados Unidos escolheu uma nova direção".
"Acreditamos na possibilidade de relações bilaterais construtivas respeitando as diferenças uns dos outros", afirmou no tuíte, refletindo as esperanças generalizadas na ilha comunista de uma melhoria nas relações entre EUA e Cuba sob o presidente eleito Biden, sem citá-lo.
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, reverteu grande parte do alívio nas tensões com Cuba comandada pelo antecessor Barack Obama, voltando a uma política de décadas de tentar sufocar a economia cubana para forçar uma mudança democrática.
O governo Trump ampliou as restrições às viagens e remessas dos EUA para Cuba e sancionou os embarques de petróleo venezuelano para a ilha.
O governo norte-americano também tornou mais difícil para os cubanos visitarem sua família na Flórida, reduzindo sua embaixada em Havana e fechando a seção consular. Isso significa que os cubanos tiveram que viajar para o exterior para obter um visto para os EUA.
Durante a campanha, Biden garantiu que reverteria prontamente as políticas sobre Cuba promulgadas por Trump que "infligiram danos ao povo cubano e nada fizeram para o avanço da democracia e dos direitos humanos".