Por John Davison e Ahmed Rasheed
BAGDÁ (Reuters) - Ao menos 18 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes antigoverno e a polícia em Bagdá durante a noite, de acordo com fontes médicas e policiais, conforme o governo tentou aliviar a irritação pública por corrupção e desemprego com um novo plano de reformas.
O tamanho dos protestos, nos quais quase 100 pessoas morreram desde terça-feira, pegou autoridades de surpresa. Dois anos após a derrota do Estado Islâmico, a segurança é a melhor em anos, mas a corrupção ainda é grande, infraestruturas destruídas não foram reconstruídas e empregos continuam escassos.
O plano de 17 itens do primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi foi resultado de um encontro emergencial de gabinete na noite de sábado e foi apresentado dias após a divulgação de promessas vagas de reforma.
O plano inclui aumento de moradias subsidiadas para pobres, auxílios para desempregados, programas de treinamentos e iniciativas de pequenos empréstimos para jovens desempregados.
Familiares de pessoas mortas em manifestações nesta semana também irão receber ajuda financeira e assistências normalmente concedidas a membros das forças da segurança mortos durante guerra.
"Em meio a tudo isso, juro a Deus que minha única preocupação são as vítimas", disse o primeiro-ministro Mahdi durante encontro de gabinete, de acordo com a TV estatal.
As ruas da capital estavam silenciosas até o momento neste domingo. Protestos normalmente crescem ao longo do dia.
(Reportagem de John Davison e Ahmed Rasheed em Bagdá e Raya Jalabi em Arbil; reportagem adicional de Aref Mohammed em Baçorá e Reuters Pictures e Reuters TV)