SÃO PAULO (Reuters) - As reclamações de clientes da operadora em recuperação judicial Oi (SA:OIBR4) diminuíram até 56 por cento nos dois primeiros meses deste ano, afirmaram executivos da companhia nesta quarta-feira.
Com base em diversas métricas, as queixas registradas junto a entidades de defesa do consumidor recuaram pelo menos um terço no primeiro bimestre ante igual período de 2016, disse o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, a jornalistas.
O executivo atribuiu o recente declínio da base de clientes da operadora às regras de desconexão, e não à perda de fatia de mercado. Winik acrescentou que o usuário pré-pago continuará sendo o foco da empresa para expansão da base. Ainda segundo ele, o principal desafio será crescer no segmento pós-pago.
Segundo dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no final de fevereiro a base de linhas de telefonia celular da Oi no país era de 42 milhões, o que representa uma queda de 5,756 milhões de acessos, um recuo de 12 por cento sobre o mesmo período do ano passado.
As rivais Claro e TIM tiveram quedas de cerca de 8 por cento em suas bases, enquanto a Vivo, cresceu cerca de 1 por cento no período.
Como parte dos esforços para recuperar fatia de mercado, a Oi lançou nesta quarta-feira planos nos segmentos pré-pago e controle que podem ser personalizados pelo cliente por meio de aplicativo ou da Internet.
O Oi Livre Digital permitirá aos clientes trocar a qualquer momento a franquia de voz por dados e vice-versa, de acordo com Winik, acrescentando que o impacto dos custos de lançamento devem ser mínimos. A opção é mais um passo em direção à consolidação do serviço, que começou em dezembro de 2015 e atualmente conta com 16,4 milhões de usuários em todo o país.
O executivo disse que a Oi espera crescimento de receita este ano e que a remuneração dos executivos estará atrelada ao cumprimento de metas.
Às 12:52, as ações ordinárias da Oi exibiam queda de 2,2 por cento, a 3,53 reais.
(Por Guillermo Parra-Bernal)