Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de soja dos EUA atingiram uma máxima de mais de 6 semanas nesta sexta-feira, impulsionados pelo clima irregular na safra do Brasil, principal produtor global da oleaginosa, e pela nova demanda de exportação para os suprimentos dos EUA.
Além disso, a queda do dólar também impulsionou o mercado, assim como os futuros do milho e do trigo.
Os contratos futuros da soja janeiro na bolsa de Chicago fecharam em alta de 23,50 centavos, a 13,5175 dólares por bushel, depois de atingir 13,55 dólares, o maior preço do contrato desde 18 de setembro.
O milho dezembro da CBOT terminou em alta de 7,25 centavos, a 4,7725 dólares por bushel, recuperando-se após uma queda para 4,68 dólares, uma mínima de seis semanas.
E o trigo de dezembro terminou em alta de 7 centavos, a 5,725 dólares o bushel.
Todas as três commodities receberam um impulso depois que dados mostraram que o crescimento do emprego nos EUA. desacelerou mais do que o esperado em outubro, ressaltando a opinião de que o Federal Reserve pode colocar um fim no ciclo de aumento das taxas de juros.
O índice do dólar atingiu uma mínima de seis semanas com as notícias, tornando os grãos e a soja dos EUA mais atraentes no mercado mundial. [USD/]
"(A queda do dólar) ajuda nossa postura competitiva nas exportações... Isso é algo que tem trabalhado contra nós", disse Terry Linn, analista da Linn & Associates em Chicago.
Enquanto isso, os traders estão monitorando o clima irregular da safra no Brasil, onde o plantio de soja está em andamento. "Estamos observando preocupações mais expressivas sobre o início irregular da temporada de cultivo no Brasil", disse Linn.