Por David Lawder
VENEZA (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu nesta sexta-feira uma melhor coordenação internacional nas políticas de corte de carbono para evitar atritos comerciais, dias antes de a União Europeia (UE) revelar um controverso imposto sobre o carbono na fronteira.
O mecanismo de ajuste de carbono na fronteira (Cbam) da UE vai impor taxas sobre o teor de carbono de bens importados na tentativa de desencorajar o "vazamento de carbono", a transferência da produção para países com restrições de emissão menos onerosas.
Enquanto os ministros das Finanças do G20 se reuniam em Veneza, Yellen disse existir vários caminhos para conseguir os cortes de emissões necessários para lidar com a mudança climática.
"É importante que qualquer sistema de ajuste de fronteira de carbono se concentre no grau em que as políticas climáticas de um país reduzem as emissões e, portanto, o conteúdo de carbono, em vez de se concentrar apenas na precificação explícita do carbono", disse Yellen em um fórum sobre o clima.
Yellen acrescentou que os países que integram o G20 terão de fazer investimentos públicos e privados significativos e tomar "decisões econômicas difíceis" para atingir as metas de descarbonização de suas economias até a metade do século.
(Por David Lawder e Leigh Thomas)