Por David Lawder
BRUXELAS (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu aos países da União Europeia (UE) nesta segunda-feira que assinem o acordo global de reforma da tributação corporativa, mantenham o apoio fiscal em 2022 e considerem mais gastos diante da incerteza da Covid-19.
"Precisamos de fontes sustentáveis de receita que não dependam de mais impostos sobre os salários dos trabalhadores e do agravamento das disparidades econômicas que todos estamos comprometidos em reduzir", disse Yellen em comentários preparados para os ministros das Finanças do Eurogrupo.
"Precisamos acabar com as corporações que transferem a renda do capital para jurisdições de baixa tributação e com os truques contábeis que lhes permitem evitar o pagamento de sua cota justa."
O ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, que preside o Eurogrupo de ministros das Finanças da zona do euro, manteve sua reserva sobre uma alíquota mínima global de imposto corporativo em uma reunião com Yellen, disse seu porta-voz.
Yellen disse que a resposta fiscal da UE e de seus membros à pandemia de Covid-19 foi "decisiva e sem precedentes", com uma resposta rápida também do Banco Central Europeu (BCE).
"Acho que todos concordamos que a incerteza continua alta. Nesse contexto, é importante que a postura fiscal continue de suporte em 2022", disse Yellen.
Ela acrescentou que os Estados-membros da UE também devem "considerar seriamente" medidas fiscais adicionais para garantir uma recuperação doméstica e mundial robusta.
(Por David Lawder)