BENGHAZI, Líbia (Reuters) - O primeiro-ministro da Líbia reconhecido internacionalmente, Abdullah al-Thinni, disse nesta terça-feira ter sofrido uma tentativa de assassinato após deixar uma sessão do problemático parlamento eleito do país.
O incidente salientou a fragilidade da autoridade do Estado no país do norte africano, no qual dois governos e dois parlamentos aliados a facções armadas estão lutando pelo poder, quatro anos após rebeldes terem derrubado Muammar Gaddafi.
Thinni tem enfrentado crescentes críticas por administrar um Estado ineficaz no leste do país desde que perdeu a capital Trípoli, no oeste, para uma facção rival que agora controla ministérios e entidades estatais fundamentais com sede na cidade.
O premiê disse ao canal de notícias árabe al-Arabiya que, após deixar o parlamento na cidade de Tobruk, homens armados em diversos carros seguiram seu comboio e abriram fogo.
"Fomos surpreendidos por muitas balas… Graças a Deus, conseguimos escapar", disse ele, sem dar detalhes.
O presidente do parlamento, Aqila Saleh, havia pedido para que Thinni deixasse a assembleia para sua própria segurança, após manifestantes de oposição a seu governo terem se reunido do lado de fora da base naval onde os parlamentares se reúnem, disseram dois legisladores à Reuters.
(Por Ayman al-Warfalli)