WASHINGTON (Reuters) - Após meses de trabalho, um grupo internacional de especialistas em Internet divulgou uma proposta descrevendo como o governo dos Estados Unidos pode completar seu controverso plano doméstico para ceder a supervisão da organização não governamental que gerencia os nomes e domínios na Internet.
O documento de 199 páginas, publicado na sexta-feira, segue o anúncio do Departamento de Comércio dos EUA no ano passado, de que iria transferir sua administração da Corporação da Internet para Nomes e Números Atribuídos (ICANN, na sigla em inglês) para uma rede global de partes interessadas.
Os detalhes de como a ICANN se administraria sozinha tem sido ansiosamente aguardados em todo o mundo, especialmente nos EUA, onde alguns legisladores republicanos levantaram questões sobre o fato de que a transição pode permitir a outros países controlar a Internet.
Desde 1998, a ICANN obteve o contrato dos EUA, que criaram a Internet, para gerenciar as maiores bases de dados para domínios de alto nível como .com e .net e seus correspondentes endereços numéricos, funções que são coletivamente conhecidas como Autoridade de Nomes Designados da Internet (IANA, na sigla em inglês).
A ICANN é administrada por uma coleção de acadêmicos, especialistas técnicos, representantes do governo e da indústria privada, defensores do interesse público e usuários de todo o mundo, no que se chama de "processo de múltiplas partes interessadas".
A proposta de transição recomenda criar uma subsidiária separada, com sua própria avaliação de performance, para operar, na verdade, as funções técnicas de gerenciar o sistema de nomes e endereços sob um contrato com a ICANN.
(Por Alina Selyukh)