Paris, 13 fev (EFE).- O Estado francês vai leiloar em março quatro palacetes de um distrito de Paris para arrecadar os US$ 329 milhões necessários para restaurar o complexo imobiliário que vai acolher os novos escritórios ministeriais a partir de 2016, informou o jornal "Le Figaro" nesta segunda-feira.
Entre os quatro tesouros escolhidos está o palacete de Clermont, declarado monumento histórico em 1980 e que em seus 4,2 mil metros quadrados e seu grande jardim, que datam do começo do século 18, abriga o Ministério das Relações com o Parlamento.
Menor, mas igualmente imponente é o palacete de Vogue, do final do século 19, com 3,3 mil metros quadrados que servem de sede do Centro de Análise Estratégica. Já o palacete de Broglie, de 7,1 mil metros quadrados, abroga atualmente a secretaria de Estado encarregada do Desenvolvimento da Economia Digital.
O último desses monumentos destinados a pertencer ao dono de uma grande fortuna é o palácio de Mailly-Nesle, sede da Documentação francesa e que, assim como os outros, está localizado no 7º distrito da capital francesa.
Para se tornar um proprietário destes imóveis, o licitante precisa ser generoso o suficiente pra que os cofres públicos recebam os US$ 329 milhões esperados, disse o presidente do Conselho Imobiliário do Estado (CIE), Yves Deniaud.
As visitas ainda não começaram, mas pelo nível dos preços, o mais provável é que essas construções acabem em mãos de príncipes catarianos ou de milionários russos ou chineses.
Com a quantia almejada o Estado pretende reformar um grande complexo imobiliário de 56 mil metros quadrados que, a partir de 2016, irá receber a maior parte dos serviços do primeiro-ministro, além de dois gabinetes ministeriais e escritórios de autoridades independentes.
Os quatro palacetes estão, segundo o "Le Figaro", entre os cerca de 1,7 mil bens que o Estado anunciou em 2010 que iria vender, apesar da oposição dos defensores do patrimônio histórico, e a dificuldade de achar compradores capazes de custear o elevado custo de manutenção desse tipo de imóvel. EFE