Rio de Janeiro, 14 fev (EFE).- O Banco do Brasil, maior banco da América Latina em volume de ativos, obteve no ano passado lucro líquido de R$ 12,1 bilhões, o maior de sua história.
No ano passado, o lucro do banco foi 3,6% superior ao de 2010 (R$ 11,7 bilhões), apenas abaixo no Brasil ao obtido pelo Itaú-Unibanco (R$ 14,6 bilhões).
O lucro líquido do quarto trimestre de 2011, no entanto, foi de R$ 2,9 bilhões, 25,73% inferior ao do mesmo período de 2010 (R$ 4 bilhões).
Em comunicado dirigido aos investidores, a entidade esclareceu que o lucro líquido corrente em 2011, ou seja, sem os eventos extraordinários, foi de R$ 11,7 bilhões, 10,2% maior ao de 2010.
Entre os eventos extraordinários que elevaram o lucro no ano passado figura a venda das participações do banco nas operações brasileiras da Visa Internacional e da MasterCard.
Controlado pelo estado, mas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, o BB atribuiu o bom desempenho do ano passado ao aumento do volume de crédito no país em 2011 apesar da crise financeira internacional.
A carteira de crédito da entidade cresceu 19,8% e ao fim de dezembro era de R$ 465 bilhões. A maior expansão foi registrada nos créditos no exterior, com aumento de 51,8% na comparação com dezembro de 2010. Esse crescimento fez com que a participação dos empréstimos no exterior do total da carteira de crédito do banco passasse de 5,9% no fim de 2010 para 7,5% em dezembro.
O crédito às empresas cresceu 19,2%, o destinado aos produtores rurais 18% e o dirigido aos consumidores 15,5%. Conforme o comunicado enviado aos acionistas, os ativos totais do Banco do Brasil cresceram 21% no ano passado e somava em dezembro R$ 981,2 bilhões, situando a instituição como a maior entidade financeira da América Latina.
O total de depósitos em dezembro era de R$ 442,3 bilhões, com crescimento de 17,4%. O banco estatal terminou 2011 com patrimônio líquido de R$ 58,4 bilhões, 15,8% superior ao do fim de 2010.
Com relação aos índices de inadimplência, o banco informou que a taxa de pagamentos atrasados superior a 90 dias caiu de 2,3% em dezembro de 2010 para 2,1% ao fim de 2011. EFE