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Pequim, 2 set (EFE).- Um consórcio de três companhias chinesas anunciou nesta sexta-feira investimento de US$ 1,950 bilhão pela aquisição de 15% de Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), o maior produtor do mundo de nióbio, um metal usado na indústria de automoção, nuclear e defesa.
O consórcio é formado pela Taiyuan Iron and Steel - com sede na província nortista de Shanxi -, CITIC Group e Baoshan Iron and Steel (Baosteel) - de Xangai -, que adquiriu a participação na CBMM por meio da empresa conjunta China Niobium Investment Holding Co, informou a agência de notícias "Xinhua".
O principal negócio da CBMM é a extração de nióbio, mercado que controla 85% no mundo, segundo o jornal "Xin Beijing", um metal dúctil utilizado para fundição em alta temperatura e supercondutor para uso na indústria automotiva, nuclear, da aviação e armamentista.
Embora o fechamento da transação estivesse previsto para a quinta-feira, o acordo acabou celebrado somente nesta sexta-feira, informou a publicação.
Taiyuan e Baosteel são os dois principais produtores de aço da China, maior importador mundial de nióbio, indispensável para esta liga de metais, por isso que a cada ano importam grande quantidade deste metal para apoiar sua produção.
CBMM começou a operar há 50 anos e é pioneira na extração, utilização e nas tecnologias do nióbio. A China aumentou suas importações a uma velocidade anual de 10%, por isso os negócios duplicaram nos últimos 4 anos.
China, segunda economia mundial, compete na compra de nióbio e outros recursos naturais com outros gigantes asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, que em março formaram um consórcio de companhias (JFE Holdings, Nippon Steel e Posco, entre outras) para adquirir 15% da CBMM por US$ 1,8 bilhão. EFE