Rio de Janeiro, 7 jul (EFE).- O Brasil terá uma colheita de grãos
de 133,3 milhões de toneladas este ano, 8,7% menor que a de 2008
(146 milhões), segundo a previsão divulgada hoje pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A nova projeção, baseada nos dados de junho, é 1,2% menor que a
calculada em maio, de 135 milhões de toneladas, devido à queda da
produção de milho por fatores climáticos adversos.
Apesar de ser muito inferior que a de 2008, recorde de produção,
a colheita brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deste
ano será a segunda maior na história do país e confirmará o Brasil
como um dos maiores produtores mundiais.
Segundo o IBGE, a previsão para este ano teve que ser reduzida
por causa das "perdas registradas na colheita da segunda safra de
milho no Paraná e a reavaliação nos cálculos para a produção de
arroz, feijão e soja".
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) explicou, em
comunicado, que as geadas de junho no Paraná e no Mato Grosso do Sul
e a seca na região sul do país entre abril e maio reduziram a
colheita deste ano em cerca de 377.500 toneladas.
"A combinação de clima adverso, quebra de produtividade e baixos
preços no mercado fizeram com que a segunda safra de milho caísse",
segundo a Conab.
A previsão para a colheita de milho da segunda safra caiu para
15,9 milhões de toneladas, 8,4% a menos que a calculada em maio.
A produção total de milho neste ano será de 49,8 milhões de
toneladas, 2,2% inferior à prevista em maio e 15,7% menor que a de
2008.
Segundo o IBGE, a área colhida cairá de 48 milhões de hectares,
em 2008, para 47,2 milhões de hectares, este ano.
As áreas destinadas aos cultivos de soja, milho e arroz, que
ocupam 1,5% da área plantada, terão variações de +2,1%, -4,3% e
+1,4%, respectivamente, frente a 2008.
A produção de soja este ano (56,8 milhões de toneladas) será 5,1%
inferior à do ano passado, a de milho (49,8 milhões de toneladas)
cairá em 15,7% e a de arroz (12,6 milhões de toneladas) aumentará
4,3%. EFE