Bruxelas, 14 mar (EFE).- O crescimento econômico dos países-membros do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) se desacelerou consideravelmente em 2011, quando a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) se limitou a 2,8%, contra os 5% obtidos um ano antes, informou nesta quarta-feira a agência europeia de estatística Eurostat.
No último trimestre do ano, o PIB do G20 cresceu 0,7%, o que também representa um retrocesso em relação aos 0,9% registrados entre julho e setembro de 2011, segundo dados provisórios publicados nesta quarta pela primeira vez.
A evolução entre as grandes economias do mundo foi desigual: o PIB dos Estados Unidos cresceu 1,7% em 2011, o da União Europeia (UE) 1,5% e o da zona do euro 1,4%, frente às altas da China (9,2%), Índia (7,3%) e Indonésia (6,5%).
Em 2011, a única economia que apresentou contração foi a japonesa, ao registrar um retrocesso de 0,7%.
Por outro lado, as únicas economias que aceleraram seu crescimento em 2011 foram as da Arábia Saudita (cuja alta do PIB passou de 4,6% em 2010 para 6,8% no ano passado), Indonésia (de 6,2% para 6,5%), França (de 1,5% para 1,7%) e África do Sul (de 2,9% para 3,1%).
As desacelerações mais altas, por outro lado, foram registradas no Japão (cujo PIB havia registrado alta de 4,4% em 2010 e caiu 0,7% em 2011), Brasil (redução da alta de 7,5% para 2,7%) e Índia (10,3% para 7,3%).
A alta do PIB dos Estados Unidos passou de 3% em 2010 para 1,7% em 2011, o da UE variou de 2% para 1,5%, o da zona do euro de 1,9% para 1,4%, enquanto a da China caiu de 10,4% para 9,2%.
Entre outubro e dezembro de 2011, o crescimento econômico registrou aceleração nos EUA (o PIB apresentou um crescimento de 0,7%, contra os 0,5% dos três meses anteriores), Índia (de 0,9% para 1,8%) e Indonésia (de 1,4% para 2,1%).
O crescimento trimestral se desacelerou, no entanto, na China (de 2,3% no terceiro trimestre de 2011 para 2% no último), Japão (de 1,7% para -0,25%), UE (de 0,3% para -0,3%) e na zona do euro (de 0,1% para -0,3%).
A Eurostat publicou nesta quarta pela primeira vez este indicador, em cuja elaboração colaboraram várias instituições econômicas internacionais, como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). EFE