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Correa defende Equador livre da "dívida externa ilegítima"

Publicado 11.06.2009, 22:42
Atualizado 11.06.2009, 23:35
TTEF
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Quito, 11 jun (EFE).- O presidente equatoriano, Rafael Correa, após ser informado do resultado "bem-sucedido" da operação de recompra dos bônus Global 2012 e 2030, anunciou hoje que prevê transformar o Equador em um "país livre da dívida externa ilegítima".

Em um ato público, no qual a ministra da Economia, María Elsa Viteri, anunciou que conseguiu recomprar 91% dos bônus Global 2012 e 2030, com um desconto de 65% do valor nominal, Correa assegurou que o maior legado que poderia oferecer às futuras gerações é um país sem dívidas prejudiciais.

Em abril, o Equador fez uma proposta para recomprar esse tipo de bônus, por US$ 3,1 bilhões, com um desconto de 70%.

Antes, o país tinha declarado em moratória o pagamento de juros desses papéis, sobre os quais há suspeitas de ter sido contratados ou renegociados de forma ilegal.

Correa ressaltou que o Governo, desde o início de seu mandato, em janeiro de 2007, se propôs a dar uma solução integral ao problema da dívida externa pública, à qual qualificou de "um cabresto" para a economia nacional.

O que deseja é "declarar o Equador livre de uma dívida comercial externa ilegítima", afirmou Correa, e disse que isso também poderia ser "transcendental para a região".

Correa aceitou que a administração que fez da dívida externa pode ser criticada por políticos, economistas e organismos internacionais orientados pelo neoliberalismo.

Sobre o sistema de recompra dos bônus Global 2012 e 2030, o presidente afirmou que o Equador pagou cerca de US$ 900 milhões, mas que foram retirados dos mercados internacionais US$ 2,9 bilhões em papéis.

No total, acrescentou, esta operação economizou ao país US$ 7,28 bilhões para os próximos 21 anos, o que significa mais de US$ 330 milhões anuais e US$ 30 milhões mensais.

"Rebelamo-nos contra o sistema que impunha dívidas odiosas, injustas, ilegais, imorais, que foram contraídas em forma irregular, sem o consentimento explícito de nosso povo", afirmou o presidente. EFE

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