Dólar volta a cair e fecha abaixo dos R$5,45 sob influência do exterior

Publicado 08.07.2025, 17:08
Atualizado 08.07.2025, 17:30
© Reuters. Notas de dólarn14/02/2022nREUTERS/Dado Ruvic

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltou a cair no Brasil e encerrou a terça-feira novamente abaixo dos R$5,45, em uma sessão de modo geral mais favorável a moedas emergentes em todo o mundo, ainda que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha ameaçado aplicar novas tarifas de importação sobre produtos e países.

A moeda norte-americana à vista fechou com queda de 0,63%, aos R$5,4466. No ano, a divisa acumula baixa de 11,85%.

Às 17h18 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,82%, aos R$5,4755.

Na segunda-feira o dólar havia subido mais de 1% ante o real após Trump ameaçar impor tarifas a países do Brics com políticas “antiamericanas”, além de estabelecer novas taxas a alguns parceiros comerciais, como Japão e Coreia do Sul.

Passado este primeiro impacto, o dólar despencou ante o real já no início da sessão desta terça-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior.

“Ontem o dólar ganhou valor e ficou estressado aqui por conta das tarifas, mas hoje o mercado já assimilou que Trump vai aplicar novas taxas em agosto, o que deu uma acalmada”, comentou João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp.

Ainda que Trump tenha feito novas ameaças tarifárias nesta terça-feira, inclusive para países do Brics, o dia foi de baixa para o dólar ante a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, o rand sul-africano e o peso mexicano -- moedas de países do Brics que, na véspera, haviam sido penalizadas.

Assim, após marcar a cotação máxima de R$5,4890 (+0,15%) às 9h00, na abertura da sessão, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,4357 (-0,82%) às 15h56.

Internamente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou durante a tarde a intenção da autarquia de buscar a meta contínua de 3% de inflação.

"Ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta, e tenho absoluta convicção que este é o papel do Banco Central", disse Galípolo.

Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional.

No exterior, apesar de ceder ante boa parte das divisas de emergentes, o dólar sustentava ganhos ante o iene no fim da tarde, após o Japão ter sido penalizado na véspera pela artilharia tarifária de Trump. Com isso, às 17h15, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, incluindo o iene -- subia 0,13%, a 97,481.

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