Dólar cai ante real com ajuda externa enquanto mercado monitora o STF

Publicado 10.09.2025, 17:08
Atualizado 10.09.2025, 17:21
© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quarta-feira em baixa ante o real, pouco acima dos R$5,40, após dados de inflação ao produtor nos EUA reforçarem a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, em um dia em que os investidores também seguiram atentos aos desdobramentos do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.

A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,53%, aos R$5,4071. No ano, a divisa acumula baixa de 12,49%.

Às 17h02, na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,54%, aos R$5,4320.

O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP, na sigla em inglês) para a demanda final caiu 0,1% em agosto, após aumento de 0,7% em julho, em dado revisado para baixo. Economistas consultados pela Reuters previam que o IPP subiria 0,3% no mês passado, após alta de 0,9% relatada anteriormente em julho.

Em reação, o dólar perdeu força ante várias moedas ao redor do mundo, abrindo espaço para um recuo das cotações também no Brasil. Após atingir a maior cotação da sessão de R$5,4409 (+0,09%) às 9h58, o dólar à vista marcou a mínima de R$5,3994 (-0,68%) às 12h08, em meio à leitura de que o IPP reforçou as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana -- o que, em tese, favorece a atração de investimentos pelo Brasil.

Internamente, os agentes se mantiveram atentos ainda ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Com o voto do ministro Luiz Fux para absolver Bolsonaro, o placar agora está em 2 a 1 contra o ex-presidente.

Profissionais ouvidos pela Reuters ao longo do dia voltaram a ponderar, no entanto, que o processo em si não influencia os ativos, mas sim possíveis novas ações de retaliação dos EUA ao Brasil. No fim de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, definiu a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando como um dos motivos a ação contra Bolsonaro no Supremo.

Pela manhã, com efeitos menores sobre o câmbio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de preços, caiu 0,11% em agosto, após a alta de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses até agosto, o índice teve alta de 5,13%. Economistas ouvidos pela Reuters projetavam queda de 0,15% no mês e elevação acumulada de 5,09% em 12 meses.

Às 17h10, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,02%, a 97,821.

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