Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a sexta-feira em baixa ante o real, com o mercado aliviado após os dados sobre emprego nos Estados Unidos não endossarem apostas de altas adicionais de juros no país.
O dólar recuou 0,24 por cento, a 3,1750 reais na venda, permanecendo estável na semana após duas altas semanais seguidas.
O dólar futuro tinha baixa de 0,44 por cento no final da tarde.
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos se recuperou com força em abril e a taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 10 anos, apesar do crescimento moderado dos salários.
O salário médio por hora subiu 0,3 por cento no mês passado, em parte por causa de questões de calendário, reduzindo o aumento na comparação anual para 2,5 por cento, o menor desde agosto de 2016.
Os investidores ainda acreditavam que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai elevar a taxa de juros em junho, mas mantinham as apostas que, no ano, serão apenas 3 elevações. Com mais juros, recursos aplicados em outras praças, como a brasileira, podem se dirigem para os Estados Unidos.
O pregão também foi marcado pela cautela dos agentes com o segundo turno da eleição presidencial francesa no domingo e o desenrolar da reforma da Previdência no Brasil.
"Internamente, segue a desconfiança com a reforma da Previdência. Quanto mais atraso na aprovação, menor a predisposição dos deputados de votar a favor, diante da proximidade das eleições", afirmou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.