O mercado de câmbio conduz uma realização de lucros, que é limitada pela valorização predominante do dólar no exterior e alta dos juros dos Treasuries de dois e dez anos do dólar, com investidores à espera do relatório do mercado de trabalho dos EUA, o payroll.
Também pesam as incertezas sobre a aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno pela Câmara na próxima terça-feira, enquanto investidores do setor de infraestrutura congelam novos investimentos alegando que a aprovação dessa PEC dará aval à quebra do equilíbrio econômico e financeiro dos projetos de concessão. Há ainda sinais de dificuldades para a aprovação da proposta no Senado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou sua defesa ao teto de gastos nesta manhã, mas admitiu que o pagamento dos precatórios dentro do teto, como prevê a lei, "engessa a máquina do Estado". Lira afirma que, em sua visão, mesmo "longe do ideal", a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que foi aprovada em primeiro turno na quinta-feira (4) na Casa, "resolve o problema dos precatórios com relação a 2022". De acordo com o parlamentar, todos os movimentos da Câmara ao longo deste ano foram para garantir o teto de gastos. Contudo, o parlamentar não deixou de criticar o limitador de gastos, avaliando que ele precisa de "ajustes" por estar "capenga".
O Estadão apurou que o governo liberou R$ 1,2 bilhão do orçamento secreto a deputados na véspera da votação em primeiro turno do texto, que passou na Casa com 312 votos, apenas quatro a mais que o mínimo exigido para aprovação de proposta de mudança na Constituição do País. Tudo indica que o governo pode gastar ainda mais recursos para tentar convencer parlamentares a votar a favor da proposta na próxima semana.
Às 9h21 desta sexta,o dólar à vista caía 0,20%, a R$ 5,5971, enquanto o dólar futuro de dezembro recuava 0,17%, a R$ 5,6225.