Índices sobem conforme investidores avaliam dados de inflação
O dólar operou em baixa generalizada nesta quinta-feira em meio ao apetite por risco de investidores, sustentado pelo avanço das negociações por um pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos e pelas tratativas envolvendo o acordo comercial do Reino Unido com a União Europeia para o período pós-Brexit. As divisas ainda reagem à manutenção de uma posição acomodatícia adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que ontem divulgou decisão de política monetária.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante outras seis moedas fortes, recuou 0,68%, a 89.836 pontos, caindo abaixo do piso de 90 pontos. No fim da tarde em Nova York, a libra esterlina avançava a US$ 1,3563, enquanto o euro subia a US$ 1,2263. Lideranças europeias e britânicas afirmaram hoje que houve progresso entre as partes pelo acordo pós-Brexit, mas citaram que ainda há divergências. Em sessão que antecede decisão de política monetária do Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês), o dólar recuou a 103,15 ienes.
A moeda americana segue em ritmo de queda diante da perspectiva otimista nos mercados, que acompanham sinais de que a economia deve se recuperar em breve por conta da aprovação de um pacote de estímulos nos EUA e da distribuição de vacinas contra a covid-19 ao redor do mundo. Hoje, a União Europeia concentrou boa parte do noticiário envolvendo imunizantes, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmando que a vacinação no continente deve começar entre os dias 27 e 29 de dezembro.
Segundo a Capital Economics, o dólar seguirá pressionado em 2021 por conta da melhora da economia após a crise do novo coronavírus. "Como um dólar mais fraco facilita as condições financeiras em todo o mundo, por sua vez beneficiando os ativos de risco, isso tende a criar um ciclo que se autorreforça".
Entre moedas emergentes, o peso mexicano registrou bom desempenho hoje, após decisão de política monetária do Banxico (o banco central do país) que manteve a taxa básica de juros anual a 4,25%. Pouco antes do fim das negociações em NY, o dólar recuava a 19,8072 pesos mexicanos.