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Real descola de mercado doméstico e cai com investidor mirando bolsa

Publicado 17.07.2020, 15:59
Atualizado 17.07.2020, 17:40
© Reuters. .

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em firme alta ante o real nesta sexta-feira, ganhando fôlego na parte da tarde enquanto a bolsa de valores brasileira renovava máximas da sessão e os juros futuros caíram, o que para analistas indica mais um dia de câmbio pressionado por operações de hedge em meio a juros baixos, elemento integrante do debate sobre a maior volatilidade cambial.

O dólar à vista subiu 1,02%, a 5,3824 reais na venda. A moeda oscilou entre alta para 5,3915 reais (+1,19%) e queda a 5,3164 reais (-0,22%). Com os ganhos desta sexta, o dólar fechou a semana com valorização acumulada de 1,10%. Em julho, a divisa recua 1,06%. No ano, o dólar dispara 34,13%. Mais uma vez, o real liderou as perdas globais a despeito do dia bastante positivo no mercado acionário brasileiro. O Ibovespa fechou a sexta em alta de 2,35%, segundo dados preliminares, somando ganhos de 2,9% na semana. "Mais uma vez real depreciando enquanto a bolsa sobe. Esse combo reforça a análise de que o mercado compra dólar para proteção", disse Thomas Gilbertoni, especialista em investimentos da Portofino. A sexta também foi de queda nos juros futuros, o que pode indicar expectativas de novos cortes da Selic, atualmente na mínima recorde de 2,25% ao ano. No fim de 2019, o juro estava em 4,50%, contra 6,50% ao final de 2018.

A baixa nos juros diminui os retornos embutidos na renda fixa em reais, deixando a moeda brasileira em desvantagem em relação a seus pares emergentes --que oferecem rendimentos mais altos com menor nível de risco. Por outro lado, os menores custos de financiamento elevam o apelo das ações como ativos para investimento. O mercado compra bolsa, mas, para reduzir o risco associado a incertezas domésticas, ao mesmo tempo toma dólares, cujo custo de carregamento está mais barato por causa dos juros no piso. A Selic perto do que seria um limite mínimo suscita debates sobre o risco de a taxa estar ou entrar em desequilíbrio com os patamares de risco macro, o que segundo algumas teses estaria contribuindo para a pressão cambial e volatilidade mais alta. Nesse contexto, analistas discutem os níveis de tolerância do Banco Central à volatilidade da taxa de câmbio doméstica, a mais alta entre as principais divisas emergentes. Na véspera, quando a "gangorra cambial" prosseguiu e o real liderou a valorização entre cerca de 30 pares do dólar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia ainda não tem uma boa explicação sobre as causas do aumento da volatilidade do câmbio no país e que continua investigando a questão. Mas Campos Neto afirmou ter a sensação de que a volatilidade tende a diminuir. "Sem querer, Campos Neto acabou adicionando volatilidade à moeda, na medida em que você vê a autoridade monetária dizer que não sabe o que está causando (a volatilidade)", disse um profissional do mercado que preferiu não ser identificado.

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"Isso acaba gerando incerteza para o investidor, porque se espera que a autoridade monetária tenha clareza do que está acontecendo para gerenciar a situação", completou.

A volatilidade implícita para o real dentro de três meses está em 17,2% ano, contra cerca de 14% do peso mexicano e 11% da lira turca.

Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, calculou que o real está cerca de 21 centavos de real desvalorizado em relação a uma cesta de emergentes, depois de, em março, a moeda ter mostrado sobra de valorização na casa de 40 centavos de real. "Houve o choque da pandemia, o que mudou a dinâmica das contas públicas e gerou incerteza sobre a dívida pública no médio e longo prazo", disse, acrescentando que o fato de o real estar mais desvalorizado ante os pares não necessariamente indica que a moeda caminha para fechar esse "gap".

Últimos comentários

portal com várias propagandas falsas de remédios milagrosos... por favor...
Politica de desvalorizacao pesada por isso o real virou um lixo.... temos o dolar muito maior que epocas de grandes crises antea da pandemia... enfim infelizmente
Melhor ministro da economia da historia. Vamos privatizar tudo ..
Como tem experts neste espaco,mJesus
Dólar sobe só no Brasil hoje, puta manchete fraca...
Viva a politica de desvalorizacao do real imposta
Paulo Guedes e suas péssima estratégias! Dólar alto, super tributação, diminuição da qualidade de vida a longo prazo, entre outras. Creio que o Presidente que diz entender pouco de economia fomentou mais a economia que ele, uma vez que fechou vários acordos comerciais com o exterior.
Infelizmente a politica de desvalorizacao do real e a pior que tivemos na historia e vai afetar muito o consumidor
bolsa nao reflete economia
Lamento dizer mas seu julgamento esta atrelado ao governo anterior!
Bolsa subindo 3% isso e especulacao entao dolar subindo oque esta acontecendo
Pois é... Queria resposta para a mesma pergunta... Complicado né?
O que é, não sei. Mas bom sinal, não é.
Paulo Guedes nada de resultado. Muita conversa somente.
Realmente so tenta aumentar imposto esse cara pelo amor... socialistao so pensa em aumento de imposto.... nosso sistema tributario esta entre os piores do mundo e ele pensa em aumentar imposto
  e generais
O cidadão brasileiro NÃO aguenta mais esses políticos incompetentes SEDENTOS por mais impostos! Essa CPMF é uma imoralidade e será uma lástima para o país!
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