👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Dólar se aproxima de R$ 5,30 e fecha no maior nível desde 5 de janeiro de 2023

Publicado 05.06.2024, 15:00
Atualizado 06.06.2024, 04:55
© Reuters Dólar se aproxima de R$ 5,30 e fecha no maior nível desde 5 de janeiro de 2023
USD/ZAR
-
USD/BRL
-

O dólar se firmou em alta nas últimas duas horas de pregão em sintonia com o exterior e, após máxima a R$ 5,3058, encerrou a sessão desta quarta-feira, 5, com ganhos de 0,23%, cotado a R$ 5,2977 - maior nível de fechamento desde 5 de janeiro de 2023 (R$ 5,3523). Pela manhã, a divisa até ensaiou uma queda, tocando mínima a R$ 5,2619, em meio a um movimento de realização de lucros e a uma perda de fôlego pontual da moeda norte-americana lá fora.

Tirando o peso mexicano, que apresentou uma recuperação parcial do tombo dos últimos dias, as divisas emergentes mais relevantes se depreciaram nesta quarta, em especial o rand sul-africano, um dos pares do real. As cotações do petróleo avançaram mais de 1%, mas os preços minério de ferro caíram novamente.

Analistas afirmam que segue em curso a redução de exposição a divisas emergentes iniciados nos últimos dias, em meio a resultados de eleições presidenciais no México, Índia e África do Sul.

Esse movimento se dá em momento de aumento da percepção de risco doméstico, com crescente ceticismo em torno do cumprimento das metas fiscais e desconfiança em relação à política monetária a partir de 2025 com a troca de comando no Banco Central.

"O peso mexicano tinha se desvalorizado muito e de forma muito rápida. Vemos hoje um a uma pequena recuperação. Tivemos volatilidade no real, mas o quadro ainda é de dólar bem firme", afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, que não vê fatores que possam levar a um alívio no câmbio no curto prazo, embora não acredite em alta mais forte com a taxa acima de R$ 5,30. "O real teve desempenho pior que as outras moedas nos últimos meses. Precisamos de um 'trigger' (gatilho) interno, algo positivo relacionado ao fiscal ou a sucessão no Banco Central. Mas isso parece difícil."

Na terça, o Ministério da Fazenda apresentou Medida Provisória que estipula a limitação de créditos de PIS/Cofins para reverter as perdas de receita com a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores. O potencial de arrecadação seria de até R$ 29,2 bilhões. A proposta, contudo, já começou a ser bombardeada nesta quarta por setores como indústria e agronegócio. A bancada do agro no Congresso avisou que pedirá a devolução da MP.

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, a estratégia do governo de busca por ampliação de receitas para zerar déficit primário parece exaurida, como mostra "o imbróglio da Medida Provisória do PIS/Cofins".

Sem anúncio de corte de gastos, a percepção de risco fiscal aumenta, o que afasta investidores de ativos domésticos. "Os estrangeiros já tiraram quase R$ 36 bilhões da B3 (BVMF:B3SA3) em 2024 e não dão sinais de que vão voltar", afirma Galhardo. "Estamos mais para ver o dólar acima de R$ 5,30 do que um volta para perto de R$ 5,00, como se esperava até pouco tempo atrás."

À tarde, o BC informou que o fluxo cambial total foi negativo em US$ 428 milhões em maio, com saída de US$ 6,526 bilhões pelo canal financeiro e entradas de US$ 6,098 bilhões via comércio exterior (em termos líquidos). No ano, até maio, o fluxo total é positivo em US$ 6,120 bilhões, graças à entrada de US$ 33,725 bilhões do lado comercial, uma vez que houve saída de US$ US$ 27,605 bilhões pela conta financeira.

Nos EUA, saíram dados divergentes nesta quarta. Enquanto o relatório ADP mostrou geração de vagas abaixo do esperado no setor privado, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) teve alta superior às expectativas em maio. As chances de um corte inicial de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro já se aproxima de 70%.

Na quinta-feira, sai a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com projeção de corte de 25 pontos-base. Nos Estados Unidos, a expectativa é pela divulgação na sexta-feira, 7, do relatório oficial de emprego (payroll) de maio.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.